quinta-feira, 23 de agosto de 2012

É POSSÍVEL ENCONTRAR-SE COM DEUS NA INTERNET?


Passou-se o tempo em que internet era apenas um meio de comunicação. Agora, não só acessamos a internet como agimos nela, vivemos neste mundo on-line que, de certa forma, se mescla com nosso mundo real. Mas será que Deus também está presente neste meio? Será que podemos encontrá-Lo no ambiente virtual?
“Sim, Deus está presente no mundo virtual, porque o homem está ali. Temos de entender que a web é um ambiente, no qual o homem vive, e Deus se faz presente onde o homem vive”, diz padre Antonio Spadaro, PHD em teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, diretor e editor da revista La Civiltà Cattolica (literatura, novas tecnologias aplicadas às ciências humanas, teologia) e escritor do livro “Cyberteologia – reflexões do Cristianismo em tempos de rede”.
Padre Antonio Spadaro. Reprodução: Destrave
Destrave: Padre, há espaço para Deus na internet e nas redes sociais?
Padre Spadaro: Absolutamente, sim. Na realidade, a internet não é como um martelo ou um prego, não é um instrumento para fazer coisas. Internet é um ambiente de vida. Assim como os homens vivem, na vida off-line, sua vida ordinária, podemos dizer que a net é um destes ambientes, no qual o homem também vive. E Deus está presente onde o homem está.
Destrave: A internet e as novas tecnologias podem nos ajudar a encontrar Deus e melhorar nossa espiritualidade?
Padre Spadaro: O modo de usar a internet não é diferente, por exemplo, do modo de realizar nossas reuniões em família. Temos de pensar que a rede responde ao desejo mais profundo do ser humano, que é de conhecimento e relação. Bento XVI disse, claramente, na sua ‘Caritas in Veritate’, que as novas tecnologias exprimem a liberdade do homem, sua capacidade de escolha, de ser um homem moral e de exprimir valores. Então, a partir deste discurso podemos entender que espiritualidade tem muito a ver com tecnologia. Depois, nós podemos ver como vão surgindo o que chamamos de ‘aplicativos do espírito’, ou seja, aplicativos ligados ao mundo da espiritualidade que nos ajudam a rezar, que contém textos de meditação.
Destrave: Como podemos melhorar nossa maneira de evangelizar pela internet e pelas redes sociais?
Padre Spadaro: O melhor modo é não considerar a internet um instrumento de evangelização, mas viver bem o ser cristão na rede. O cristão é chamado a compartilhar a própria vida e não somente conteúdos explicitamente religiosos. Agora, se a pessoa é ela mesma na rede, consegue evangelizar. Evangeliza pelo contato, pela proximidade, pelos gostos de um cristão. Ele não precisa confundir a evangelização como a comunicação de uma ideologia, pois é a própria vida que dá testemunho do Evangelho.
Confira abaixo a entrevista na íntegra com padre Antonio Spadaro
Veja também:
O silêncio na era da overdose de conteúdo

23/08/2012


Primeira leitura (2º Coríntios 10,17–11,2)

Quinta-Feira, 23 de Agosto de 2012
Santa Rosa de Lima

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 17quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda e não aquele que se recomenda a si mesmo. 11,1Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 148)

Quinta-Feira, 23 de Agosto de 2012
Santa Rosa de Lima

— Vós jovens, vós moças e rapazes, louvai todos o nome do Senhor!
— Vós jovens, vós moças e rapazes, louvai todos o nome do Senhor!

— Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!
— Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juízes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o! Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos.
— A majestade e o esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra! Ele exaltou seu povo eleito em poderio, ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.


Evangelho (Mateus 13,44-46)

Quinta-Feira, 23 de Agosto de 2012
Santa Rosa de Lima

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Você tem vislumbrado a pérola que há no seu coração?

Postado por: homilia

agosto 23rd, 2012

Assim como, dentro de nós, estão os sentimentos ruins e negativos, também é dentro de nós que o Reino dos Céus acontece. Ele é como um tesouro que está escondido dentro do nosso coração, no meio do campo da nossa humanidade; ou uma pérola preciosa que é buscada por nós e precisa ser encontrada.
Quando descobrimos a riqueza do Reino de Deus, do amor do Céu, aos poucos vamos substituindo o que estava em nós – as outras coisas que nos prendiam na vida e que são nossas inimigas – e vamos nos apossando da riqueza que gera amor, paz, alegria, fortaleza, esperança, vitória e felicidade mesmo no meio das dificuldades. É o que significa “vender tudo o que se tem e, com alegria, comprar o campo”.
Esse “campo” é o nosso corpo, o qual possui um tesouro escondido, pois, como nos diz São Paulo, o corpo humano é o templo do Espírito Santo de Deus (cf. I Cor 6,19). E ele só pode ficar cheio de ódio por obra do diabo que, por atitudes e pensamentos amargos, consegue se infiltrar no ser humano. Descoberto o tesouro escondido em nós, conseguimos nos livrar do seu poder. Aliás, é só pelo poder do nome de Jesus que este ódio será expulso e acontecerá a plenificação do Reino em nós.
Ficamos mais alegres e felizes quando sentimos as primeiras demonstrações do amor de Deus em nós, percebemos também que o dom da misericórdia acompanha a nossa caminhada e as nossas ações. Então, tornamo-nos pessoas mais compreensivas, mais amorosas e mais comunicativas.
Não se esqueça de que conversão exige fé. Esta, por sua vez, exige a adesão ao Evangelho. Assim começa o Reino de Deus, conforme Jesus anunciou e nos mandou seguir:“O Reino de Deus já está no meio de vós e eu vim a este mundo para instaurá-lo” (cf. Lc 17,21 e Mc 1,38). Só que ele está escondido. É preciso descobri-lo e, uma vez descoberto, nos convertermos a ele conforme a exigência de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).
Para seguir a conversão, segundo o plano que Jesus traça, é preciso deixar tudo e abraçar essa vida nova que Ele chama de “tesouro” ou “pérola”. Pensemos, por exemplo, no amor à verdade, na prática da humildade, na caridade que se deve ter para com o próximo. Tudo isso é a “pérola” que encontramos no ensinamento de Cristo. Esse ensinamento é radical.
A conversão nos orienta para os valores eternos sem nos esquecermos dos valores terrenos. Portanto, a pessoa convertida é mais gente, porque valoriza o que possui de humano em vista do divino.
Você já sente as primícias do Reino de Deus? Você já tem vislumbrado a pérola e o tesouro que há no seu coração? Quais são os sentimentos que você guarda no seu coração?
Padre Bantu Mendonça

Santa Rosa de Lima

23 de Agosto


Para todos nós, hoje é dia de grande alegria, pois podemos celebrar a memória da primeira santa da América do Sul, Padroeira do Peru, das Ilhas Filipinas e de toda a América Latina. Santa Rosa nasceu em Lima (Peru) em 1586; filha de pais espanhóis, chamava-se Isabel Flores, até ser apelidada de Rosa por uma empregada índia que a admirava, dizendo-lhe: "Você é bonita como uma rosa!".

Rosa bem sabia dos elogios que a envaideciam, por isso buscava ser cada vez mais penitente e obedecer em tudo aos pais, desta forma, crescia na humildade e na intimidade com o amado Jesus. Quando o pai perdeu toda a fortuna, Rosa não se perturbou ao ter que trabalhar de doméstica, pois tinha esta certeza: "Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência".

A mudança oficial do nome de Isabel para Rosa ocorreu quando ela tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana, da mesma família de sua santa e modelo de devoção: Santa Catarina de Sena e, a partir desta consagração, passou a chamar-se Rosa de Santa Maria. Devido à ausência de convento no local em que vivia, Santa Rosa de Lima renunciou às inúmeras propostas de casamento e de vida fácil: "O prazer e a felicidade de que o mundo pode me oferecer são simplesmente uma sombra em comparação ao que sinto".

Começou a viver a vida religiosa no fundo do quintal dos pais e, assim, na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo, tanto quanto no sofrimento, por isso, tempos antes de morrer, aos 31 anos (1617), exclamou: "Senhor, fazei-me sofrer, contanto que aumenteis meu amor para convosco".

Foi canonizada a 12 de abril de 1671 pelo Papa Clemente X.

Santa Rosa de Lima, rogai por nós!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

VICIO EM INTERNET: ISTO EXISTE?


Por Daniel Machado
produtor do Destrave
Você é daqueles que não consegue ficar sem internet durante uma hora sequer? Sente necessidade de compartilhar tudo o que vê e faz, fica extremamente irritado quando um vídeo não carrega rápido ou alguém pede para você deixar de lado seu PC, notebook ou tablet? Deixa de sair ou fazer coisas simples do seu cotidiano para passar horas nas redes sociais?Cuidado, você pode estar no rol dos viciados em internet, um problema que atinge cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, segundo estudos da Universidade La Salle nos Estados Unidos.
Para muitos é difícil estipular quando uma pessoa é viciada em internet, já que esta pode ser usada para trabalho, estudo e outros fins que nos fazem conectados durante todo o dia, por exemplo. Mas, para alguns médicos e especialistas, existe sim esta dependência que já pode ser considerada tão crônica como o vício de substâncias como cocaína e álcool. Vale lembrar que o uso compulsivo da internet foi reconhecido pela Associação Americana de Psicólogos e ganhou o nome Internet Addiction Disorder (Disfunção do Vício de Internet).
O primeiro a usar o termo “vício de internet” foi o psiquiatra americano Ivam Goldberg, que estipulou uma série de critérios que definiriam um adicto na rede. Entre eles podemos citar pensamentos obsessivos acerca do que pode estar acontecendo em internet, necessidade de aumentar a quantidade de tempo na rede para conseguir satisfação, fantasias ou sonhos sobre a net. Uma outra cientista, a qual tem realizado um trabalho internacional, é a Dra. Kimberly Young, da Universidade São Boaventura, nos Estados Unidos, e diretora do Centro de Recuperação de Dependentes de Internet, autora dos livros ‘Pego pela Rede’ traduzido para mais de seis línguas e ‘enrolados na rede’.
Para Young, os sintomas do vício em internet são semelhantes aos dos controles dos impulsos, como vício em jogos, sexo ou compras, ou seja, um vício sem drogas. “Eles começam a perder prazos importantes no trabalho, passar menos tempo com sua família e, lentamente, mudam suas rotinas normais. Negligenciam relações sociais com amigos, colegas de trabalho e com suas comunidades; finalmente, suas vidas se tornam incontroláveis por causa da internet”, afirma Dra. Young referindo-se aos adictos na net.
No Brasil, a Associação Viver Bem, ligada ao Hospital das Clínicas de São Paulo (SP) tem feito um trabalho semelhante ao da Dra. Young, nos Estados Unidos; é o projeto ANJOTI, o qual visa o tratamento de pessoas com trantornos do impulso. Para a psicóloga do projeto, Renata Maransaldi, é preciso que os pais e familiares fiquem atentos à quantidade de tempo que a pessoa fica conectada à rede. “Muitas vezes, a pessoa fica horas na internet e, quando alguém solicita a sua presença, ela fica extremamente irritada”, explica a profissional.
Como tratar pessoas com este quadro patológico tão complexo?
Segundo Renata, é preciso que a pessoa ou seus familiares busquem ajuda profissional para diminuir os impactos do mundo digital no cotidiano dela. “Quando se chega num estágio patológico, é preciso uma avaliação psicológica e psiquiátrica que caminhem juntas. Se a pessoa seguir o tratamento, com o uso da medicação e da psicoterapia, ela tem uma melhora significativa, porque o tratamento não é voltado apenas para o uso da internet, mas para os prejuízos que ela provoca na vida social do sujeito” conclui Renata.
Veja, abaixo, os sintomas mais comuns do vício na internet.

21/08/2012


Primeira leitura (Ezequiel 28,1-10)

Terça-Feira, 21 de Agosto de 2012
São Pio X

Leitura da Profecia de Ezequiel.

1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, dize ao príncipe da cidade de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: Porque o teu coração se tornou orgulhoso, tu disseste: ‘Eu sou um deus e ocupo o trono divino no coração dos mares’. Tu, porém, és homem e não um deus, mas pensaste ter a mente igual à de um deus.
3Sim, tu és mais sábio do que Daniel! Segredo algum te é obscuro. 4Com talento e habilidade adquiriste uma fortuna, acumulaste ouro e prata em teus tesouros. 5Com grande tino comercial aumentaste tua fortuna, e com ela teu coração se tornou soberbo. 6Por isso, assim diz o Senhor Deus: Por teres igualado tua mente à de um deus, 7vou trazer contra ti os povos mais violentos dos estrangeiros. Eles puxarão suas espadas contra a tua bela sabedoria e profanarão o teu esplendor.
8Eles te farão baixar à cova, e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9Porventura, ousarás dizer: ‘Sou um deus!’ na presença de teus algozes, tu que és um homem e não deus, nas mãos dos que te apunhalam? 10Morrerás da morte dos incircuncisos, pela mão de estrangeiros, pois fui eu que falei — oráculo do Senhor Deus”.

- Palavra do Senhor. 


Salmo (Deuteronômio 32,26-36)

Terça-Feira, 21 de Agosto de 2012
São Pio X

— Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!
— Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!

— Pensei: “Vou espalhá-los pela terra, farei cessar sua memória inteiramente”. Mas receava a reação dos inimigos, a má interpretação dos adversários.
— Eles diriam: Nossa mão prevaleceu, não foi o Senhor Deus que isto fez. Porque meu povo é gente sem juízo, é gente que não tem discernimento.
— Como pode um homem só perseguir mil, como dois podem fazer fugir dez mil? Não é porque sua Rocha os vendeu, não é porque o Senhor os entregou?
— Já vem o dia em que serão arruinados e o seu destino se apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e salvará todos aqueles que o servem.


Evangelho (Mateus 19,23-30)

Terça-Feira, 21 de Agosto de 2012
São Pio X

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”.
27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A riqueza é algo perigoso?

Postado por: homilia

agosto 21st, 2012

Depois de Jesus ter falado com aquele  jovem rico – um estudioso da Lei, que cumpria todos os parágrafos, não era desonesto, nem mentiroso, nem violento e adúltero -, Ele agora nos propõe este texto que fala sobre o perigo das riquezas.
Vendo aquele jovem, Jesus acha-o não distante do Reino dos Céus. Por isso, faz-lhe um convite a vender tudo e destribuí-lo aos pobres: “Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no Céu. Depois venha e me siga”. Porém, o conceito que aquele homem tinha de “riqueza” divergia do conceito do Mestre.
Para Cristo a Lei é o varal da fraternidade, é resposta à Aliança gratuita e generosa oferecida por Deus. É partilha, é comunhão. Assim, se os bens não forem entendidos como dons que devem ser partilhados com os pobres não teremos direito a herdar o Reino dos Céus.
Ao jovem, que já era fiel observante dos mandamentos, Jesus faz uma proposta radical: vender tudo, distribuir o dinheiro aos pobres e segui-Lo. O jovem se retirou triste, porque era muito rico. Não teve coragem para desvencilhar-se de tudo, tornar-se discípulo e aderir ao compromisso de construir o Reino. E Jesus adverte sobre o perigo que a riqueza pode significar para a liberdade e o desenvolvimento pleno da pessoa.
O Eclesiástico lembra que ela pode se tornar um forte obstáculo para a integridade (cf. Eclo 32,1-11). Certamente, a palavra de Jesus: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mt 19,23-24), além de alertar para o risco que corre o rico em ordem à sua salvação, alude à dificuldade para um seu engajamento mais pleno na construção do Reino, que é vida para todos, no aqui e no agora de nossa existência.
Veja que Jesus, no Evangelho de hoje, nos indica uma dificuldade real, uma necessidade de esforço penoso e não uma impossibilidade.
Os Padres da Igreja – dos primeiros séculos pós-catacumba – explicam que a razão da dificuldade tem a ver com minha relação com Deus, comigo mesmo e com os outros. O que entendem por “rico” e “riqueza” não é quantidade absoluta de bens, mas situação na sociedade. Quem tem 10% dos bodes da tribo de criadores primitivos, é rico; não importa se dispõe de menos bens do que hoje vemos.
Riqueza é condição material concreta adequada ao poder. Mas como o poder em si mesmo, ela em si não é má. O Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas; mas adverte os seus discípulos do perigo que correm, se lhes entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos outros apóstolos é caminho certo para entrar no Reino de Deus. O mundo novo que o Filho de Deus nos revelou na sua morte e ressurreição inaugurou a regeneração do universo, em que tudo é julgado por outros critérios.
A graça de Deus pode fazer gente rica ser profundamente cristã. Temos como alguns exemplos: Henrique II (imperador da Alemanha), Luis IX (rei da França), Isabel (rainha de Portugal) e a duquesa Edviges, cujo fundo rotativo de ajuda ao camponês encalacrado a fez “Padroeira de todos os endividados”.
Mas ser rico é um risco. Risco em nossa relação com Deus, exposta a duas variantes da mesma tentação: o ateísmo prático e a idolatria.
A riqueza ameaça minha relação comigo. Os bens são nossos servos, para nossa vida e vida plena, nossa e de todos ao nosso redor, para nossa realização como pessoas, também diante de Deus. No momento em que eles não mais nos servem, mas nós servimos a eles, começa o desvio.
A riqueza me separa dos outros, afasta-me deles. Os bens deste mundo em si são bons, presentes carinhosos do Deus que quer que todos os seres humanos tenham vida e vida plena.
Que a verdade proferida por Jesus me ensine a ter um coração mais desapegado dos bens terrenos e mais rico da presença de Deus. Pois o desapego dos bens terrenos é um caminho de sincera humildade e confiança em Deus.
Padre Bantu Mendonça

São Pio X

21 de Agosto

Celebramos hoje um Papa que mereceu ser reconhecido por santo, embora na humildade típica das almas abençoadas, José Sarto respondia àqueles que o chamavam de santo: "Não santo, mas Sarto". Nascido em 1835 ao norte da Itália e de família muito simples e religiosa, o pequeno José, com muito esforço e sacrifício conseguiu – com o apoio dos pais – estudar e entrar para o Seminário.

Com sua permanente autodefinição: "um pobre vigário da roça", José Sarto percorreu com simplicidade o caminho que o Espírito Santo traçou da responsabilidade de vigário de uma pequena aldeia até o Papado. Tomando o nome de Pio X, chamava a atenção pela modéstia e pobreza que o possibilitava à vivência da sua idéia-força: "Restaurar todas as coisas em Cristo".

São Pio X foi Papa de 1903 a 1914. Ocupado com a pastoral, São Pio X realizou reformas na liturgia, favoreceu a comunhão diária e a comunhão das crianças, sendo que no campo doutrinal rebateu por amor à Verdade o relativismo moderno. Sorridente, pai e pastor, São Pio X entrou no Céu com 79 anos, deixando para a Igreja o seu testemunho de pobreza, pois conta-se o fato, tomou dinheiro emprestado para comprar as passagens de ida e volta rumo ao conclave que o teria escolhido Papa, pois não acreditava num erro do Espírito Santo.


São Pio X, rogai por nós!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A construção da felicidade


Deus não nos criou para uma vida qualquer, mas para que, de fato, vivêssemos a felicidade.

Muitas vezes, o ser humano não consegue ser feliz, porque não sabe o que é felicidade. Quando não conseguimos defini-la, acabamos buscando-a onde ela não está. Ser feliz é uma realidade nobre e condição para as pessoas que sabem compreendê-la.

As pessoas confundem alegria com a busca frenética por um prazer imediato. Eu não sou avesso ao prazer, pois ele torna a vida humana melhor, mas se a vida começa a girar em torno deste, ele aprisiona o coração.

A pessoa quando vive uma vida de prazer, não tem limites, nada nunca está bom para ela. Se fizermos aquilo que queremos, não construiremos a felicidade, pois ela é saída, não chegada. Não há contentamento num coração egoísta.

Olhando para nossa sociedade, vemos quantos casamentos acabam, porque as pessoas são egoístas, querem apenas a felicidade própria, mas isso é ilusão. Se o bem-estar é é pautado no egoísmo, a pessoa já começa errado. Se um casamento termina por egoísmo, para que cada um viva seu prazer sozinho, já começa errando o caminho de busca pela felicidade.

A alegria mora na montanha, não no pé da serra; para alcançá-la, é preciso esforço. Existe, hoje, uma certa obsessão pela felicidade, mas eu preciso lhe dizer, mais uma vez, que, num coração egoísta, não existe a construção da felicidade. Ninguém consegue ser feliz sozinho.

Se você, hoje, é solteiro, construa sua felicidade com sua família, acolhendo os amigos que Deus coloca na sua vida. Deus o criou para ser feliz. Se, hoje, você não o é, quero lhe propor elementos para que se torne feliz.

Sem construir a maturidade não é possível se sentir realizado. O processo da construção da felicidade comporta também renúncias, saber ouvir “não” e aprender a reconciliar-se com a própria história. A partir da realidade, das derrotas e perdas, você pode ser feliz, mas você não pode negar os fatos que permeiam sua vida.

"Num coração egoísta não existe a construção da felicidade."
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com


Você pode não ser quem gostaria de ser, mas é um filho amado de Deus. É preciso que integremos, em nossa vida, os fatos que compõem a nossa história.

Meus irmãos, não nos enganemos, a felicidade está numa busca de sentidos. Você tem família, tem fé no coração? Todos nós trazemos, no coração, mutilações que a vida nos proporciona como traições, a perda de alguém que amávamos. Mas precisamos, com a força de Deus, nos reconciliar com a força dos fatos. Precisamos nos reconciliar com nossas dores e assumir nossa verdade.

Não podemos desprezar nada que aconteceu na nossa vida, porque tudo é barro na mão do Oleiro, tudo é material para Deus construir nossa alegria.

Não nos enganemos, pois existe um tipo de sabedoria que vem da vida. A dor, por exemplo, é uma possibilidade de crescimento, de amadurecimento; ou, se você quiser, uma possibilidade de ficar encarcerado na tristeza.

Para construção da maturidade é preciso ser capaz de superar o egocentrismo. Do ponto de vista psicológico, o fechamento em si mesmo é próprio das crianças, um estágio de desenvolvimento delas, mas há adultos que ainda possuem afetos infantis, porque vivem esse profunda idolatria do próprio eu, só pensam em si mesmo.

Um estudo comprova que os mais felizes não são o que ganham mais profissionalmente, mas aqueles que ajudam outras pessoas como é o caso de bombeiros, fisioterapeutas e outros profissionais que trabalham para melhorar a vida das pessoas.

Quantos vivem uma vida ensimesmada, não conseguem abrir mão de si mesmo pelo outro, vivem um sentimento de posse.

Quando cometemos um erro grave, mas pedimos perdão, a situação se acaba. Mas, muitas vezes, o que acontece é que queremos nos justificar. No entanto, o orgulho não nos deixa recomeçar. Quantos filhos, diante dos pais, não reconhecem seus próprios erros, perdendo a oportunidade de reconstruir a sua felicidade!

Os erros nunca vão nos abandonar, a fraqueza faz parte do que somos, mas precisamos aprender a conviver com elas. Os motivos da nossa alegria nos mostram quem somos.

Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso


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Padre Adriano Zandoná 
Missionário da Comunidade Canção Nova

É preciso perder o medo de errar - O humilde não tem medo de errar


Imagem de DestaqueQuem se reconhece e se aceita, quem é humilde, não tem medo de errar. Por quê? Porque se, depois de ponderar, prudentemente, a sua decisão, ainda cometer um erro, isso não o surpreenderá, pois sabe que é próprio da sua condição limitada. São Francisco de Sales dizia de uma forma muito expressiva: “Por que se surpreender que a miséria seja miserável?”.
Lembro-me ainda daquele dia em que subia a encosta da Perdizes, lá em São Paulo, para dar a minha primeira aula na Faculdade Paulista de Direito, da PUC (Pontifícia Universidade Católica). Ia virando e revirando as matérias, repetindo conceitos e ideias. Estava nervoso; não sabia que impressão causariam as minhas palavras naqueles alunos de rosto desconhecido. E se me fizessem alguma pergunta a qual eu não saberia responder? E se, no meio da exposição, eu esquecesse a sequência de ideias?
Entrei na sala de aula tenso, com um sorriso artificial. Comecei a falar. Estava excessivamente pendente do que dizia, nem olhava para a cara dos alunos. Falei quarenta e cinco minutos seguidos sem interrupção, sem consultar uma nota sequer.
Percebi, porém, um certo distanciamento da “turma”, um certo respeito. Um rapaz, muito comunicativo e inteligente, talvez para superar a distância criada entre o grupo e o professor, aproximou-se e me cumprimentou: “Parabéns, professor. Que memória! Não consultou, em nenhum momento, os seus apontamentos. Foi muito interessante!"

Assista também: "O Senhor está do meu lado", com padre José Augusto

Respirei, mas, desconfiado, quis saber: "Você entendeu o que eu disse?" Admirou-se com a minha pergunta; não a esperava. Sorrindo, encabulado, confessou-me: "Entendi muito pouco, e, pelo que pude observar, a 'turma' entendeu menos ainda".
A lição estava clara: "Dei a aula para mim e não para eles. Dei a aula para demonstrar que estava capacitado, mas não para ensinar”. Faltara descontração, didática, empatia; não fizera nenhuma pausa, nenhuma pergunta. Fora tudo academicamente perfeito, como um belo cadáver. Fora um fracasso.
Lembro-me também que, quando descia aquela encosta, fiz o propósito de tentar ser mais humilde, de preparar um esquema mais simples, de perder o medo de errar, esse medo que me deixara tão tenso e tão cansado; de pensar mais nos meus alunos e menos na imagem que eles pudessem fazer de mim. E se me fizessem uma pergunta a qual não soubesse responder, o que diria? Pois bem, diria a verdade, que precisava estudar a questão com mais calma e, na próxima aula, lhes responderia. Tão simples assim.
Que tranquilidade a minha ao subir a encosta no dia seguinte! E que agradecimento dos alunos ao verem a minha atitude mais solta, mais desinibida, mais simpática! Uma lição que tive de reaprender muitas vezes ao longo da minha vida de professor e de sacerdote: a simplicidade, a transparência e a espontaneidade são o melhor remédio para a tensão e a timidez e o recurso mais eficaz para que as nossas palavras e os nossos desejos de fazer o bem tenham eco.
Não olhemos as pupilas alheias como se fossem um espelho, no qual se reflete a nossa própria imagem; não estejamos pendentes da resposta que esse espelho possa dar às perguntas que a nossa vaidade formula continuamente: "O que é que você pensa de mim? Gostou da colocação que fiz?" Tudo isso é raquítico, decadente, cheira ao mofo do próprio "eu", imobiliza e retrai, inibe e tranca a espontaneidade. Percamos o medo de errar e erraremos menos.
Dom Rafael Llano Cifuentes 
Arcebispo Emérito de Nova Friburgo (RJ)

A busca da felicidade em Deus


A busca de Deus gera felicidade. Como você o buscado? Para muitas pessoas esse encontro é através do sofrimento, precisamos acreditar que podemos ser felizes, mesmo em meio a dor. O buscar a Deus nos torna pessoas melhores. No encontro da eucaristia e lendo a Palavra de Deus nós superaremos as nossas fraquezas.

Não podemos ter a “síndrome de Gabriela”, onde pensamos que “nascemos, crescemos e seremos sempre assim”. Não! Deus faz novas todas as coisas e é nele que a nossa hora vai chegar.

São João Bosco dizia “Só fazer o bem já me faz uma pessoa feliz”. Sabemos que ser feliz é uma construção, não a conseguimos de uma hora para outra, sejamos perseverantes.

Quando falamos em felicidade, o primeiro passo é se reconciliar com Deus. Então, reconcilie-se, busque as pazes com Deus, e faremos isso através da confissão. A partir do momento que fazemos a reconciliação vivemos melhor uns com os outros, exemplo do não ouvir a Deus, foi o fato da Torre de Babel, onde cada um buscou viver a sua maneira, sem querer ouvir a Deus.

Podemos ser muito bons naquilo que fazemos, mas se não estivermos em Deus, seremos inúteis. Devemos ser porta-voz do Senhor, mas só faremos isso ser estivermos “conectados” com Deus.

Perceba que de uma hora para outra as coisas começam a dar errado em nossa vida, isso acontece muitas vezes, pois damos margens para o inimigo e deixamos Deus de lado.

O livro de Jó, nos diz “Reconcilia-te, pois, com ele e terás paz; por estes meios conseguirás os melhores frutos. Recebe de sua boca a Lei e guarda as suas palavras no teu coração. Se te converteres ao Poderoso progredirás, se removeres a iniquidade para longe de tua tenda. E adquirirás ouro como terra e como a areia da torrente de Ofir. E o Poderoso será o teu ouro, e a prata se amontoará para ti. Então, nadarás em delícias no Poderoso e elevarás a Deus o teu rosto. Suplicante o rogarás e ele te ouvirá, e pagarás as tuas promessas. Farás um projeto, e se realizará, e nos teus caminhos brilhará a luz. Pois ele humilha quem fala coisas soberbas, mas quem for humilde será salvo.” Jó 22, 21-29

Não percamos a relação de intimidade com Deus. Não julgue os outros, quem precisar ouvir isso é eu e você.

Jó, foi um homem de Deus, perseverante em meio ao sofrimento. Saiba que a alegria é uma luta diária, que vezes ou outra se dá por meio do sofrimento. Sejamos felizes, por estarmos em Deus. Tenhamos novamente aquele ardor pela evangelização. Onde está aquela busca que tínhamos antes? Será que estamos na busca de Deus ou de nós mesmos?

Se a felicidade se dá na reconciliação com Deus, não se permita a viver no pecado, pois ele nos vicia, busque a confissão. Mas saiba que a busca de Deus passa pelo outro. 

"A busca de Deus passa pelo outro"
Foto: Natalino Ueda/cancaonova


Já no Novo Testamento, São João nos mostra como Jesus nos leva ao encontro da felicidade ao lavar os pés dos seus discípulos “Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. Disse aos discípulos: “Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós. Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que o enviou. Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática.”Jo 13, 12-17

O serviço ao outro é encontrar-se com a felicidade de Cristo. Lavar os pés uns dos outros é colocar-se numa atitude onde recolhimento ao outro. Onde nós não somos seres superiores, mas estamos a serviço do outro.

A alegria que tanto queremos não está em alcançar coisas grandiosas, sabemos que a lógica de Deus é contrária a nossa quem quer vencer tem que ceder; O nosso grande erro é não saber renunciar, muito embora, a renuncia que se faz hoje, assim como o perdão dado, nos traz a libertação, portanto abra-se a reconciliação com Deus e com o próximo. 


Transcrição e Adaptação: Luana Oliveira

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Padre Reginaldo Manzotti 

20/08/2012


Primeira leitura (Ezequiel 24,15-24)

Segunda-Feira, 20 de Agosto de 2012
São Bernardo

Leitura da Profecia de Ezequiel.

15A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 16“Filho do homem, vou tirar de ti, por um mal súbito, o encanto de teus olhos. Mas não deverás lamentar-te nem chorar ou derramar lágrimas. 17Geme em silêncio, sem fazer o luto dos mortos. Põe o turbante na cabeça, calça as sandálias nos pés, sem encobrir a barba, nem comer o pão dos enlutados”.
18Eu tinha falado ao povo pela manhã, e à tarde minha esposa morreu. Na manhã seguinte, fiz como me foi ordenado. 19Então o povo perguntou-me: “Não nos vais explicar o que têm a ver conosco as coisas que tu fazes?” 20Eu respondi-lhes: “A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 21Fala à casa de Israel: Assim diz o Senhor Deus: Vou profanar o meu santuário, o objeto do vosso orgulho, o encanto de vossos olhos, o alento de vossas vidas. Os filhos e as filhas, que lá deixastes, tombarão pela espada.
22E fareis assim como eu fiz: Não cobrireis a barba, nem comereis o pão dos enlutados,23levareis o turbante na cabeça, as sandálias nos pés, sem vos lamentar nem chorar. Definhareis por causa de vossas próprias culpas, gemendo uns para os outros. 24Ezequiel servirá para vós como sinal: Fareis exatamente o que ele fez; quando isso acontecer, sabereis que eu sou o Senhor Deus”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Deuteronômio 32,18-21)

Segunda-Feira, 20 de Agosto de 2012
São Bernardo

— Esqueceram o Deus que os gerou.
— Esqueceram o Deus que os gerou.

— Da Rocha que te deu à luz te esqueceste, do Deus que te gerou não te lembraste. Vendo isto, o Senhor os desprezou, aborrecido com seus filhos e suas filhas.
— E disse: Esconderei deles meu rosto e verei, então, o fim que eles terão, pois, tornaram-se um povo pervertido, são filhos que não têm fidelidade.
— Com deuses falsos provocaram minha ira, com ídolos vazios me irritaram; vou provocá-los por aqueles que nem povo são, através de gente louca hei de irritá-los.


Evangelho (Mateus 19,16-22)

Segunda-Feira, 20 de Agosto de 2012
São Bernardo

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 16alguém aproximou-se de Jesus e disse: “Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?” 17Jesus respondeu: “Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é o Bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”. 18O homem perguntou: “Quais mandamentos?” Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19honra teu pai e tua mãe, e ama teu próximo como a ti mesmo”.
20O jovem disse a Jesus: “Tenho observado todas essas coisas. Que ainda me falta?” 21Jesus respondeu: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. 22Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Senhor, dai-me um coração desprendido

Postado por: homilia

agosto 20th, 2012

Neste texto, Jesus nos dá a grande lição de tudo oferecer, aqui na Terra, para tudo receber no Céu. Assim, se você, meu irmão, quer ter como herança a vida eterna, não tem outro caminho senão “ir, vender tudo o que tens e distribuí-lo aos pobres”.
O comportamento de Jesus e a Sua Palavra, as Suas ações e os Seus preceitos constituem a regra moral da vida cristã. De fato, estas Suas ações e, particularmente, a Sua Paixão e morte na cruz, são a revelação viva do Seu amor pelo Pai e pelos homens. É precisamente este amor que Jesus pede que seja imitado por quantos O seguem.
Ao chamar o jovem para segui-Lo pelo caminho da perfeição, Jesus lhe pede para ser perfeito no mandamento do amor, para inserir-se no movimento da Sua doação total, para imitar e reviver o próprio amor do Mestre bom, d’Aquele que amou até ao fim. É o que Jesus pede a cada homem que quer segui-Lo: “Se alguém quiser vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).
Seguir Cristo não é uma imitação exterior, já que atinge o homem na sua profunda interioridade, mas significa ser como Ele, quem se fez servo até ao dom de si sobre a cruz. Pela fé, Cristo habita no coração do cristão (cf. Ef 3,17) e, assim, o discípulo é assimilado ao seu Senhor e configurado com Ele.
O moço, ouvindo essa palavra, saiu pesaroso, pois era possuidor de muitos bens. Ele foi obediente à sua vocação? Não. Antes, retirou-se triste e pesaroso, porque tinha apego à sua grande fortuna.
Infeliz, ele tapa os ouvidos à voz de Nosso Senhor, com o coração cheio de tristeza, porque a alegria só é possível quando há generosidade e desprendimento, quando há essa disponibilidade absoluta diante do querer de Deus que se manifesta em momentos bem precisos da nossa vida e, depois, na fidelidade ao longo dos dias e dos anos.
A tristeza deste jovem leva-nos a refletir. Podemos ser tentados a pensar que possuir muitas coisas, muitos bens deste mundo, pode nos fazer felizes. No entanto, no caso do jovem do Evangelho, as riquezas se tornaram um obstáculo para aceitar o chamado de Jesus que o convidava a segui-Lo. Não estava disposto a dizer “sim” a Jesus e “não” a si mesmo, a dizer “sim” ao amor e “não” à fuga.
O amor verdadeiro é exigente, porque foi Jesus – o próprio Jesus – quem disse: “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15,14). O amor exige esforço e compromisso pessoal para cumprir a vontade de Deus. Significa sacrifício e disciplina, mas significa também alegria e realização humana.
O jovem do Evangelho se afastou tristemente de Cristo Jesus, fonte da verdadeira alegria, para buscar a felicidade nos bens passageiros desta vida. Quanta ilusão!
Infeliz daquele que diz “não” ao Senhor do universo, que tapa os ouvidos ao Seu convite, que “franze a testa” perante a Sua Lei e que olha com indiferença para Aquele único Senhor que lhe pode dar a verdadeira alegria. Esse viverá em contínua frustração!
Seguir Cristo de perto é o nosso ideal supremo. Não queremos nos retirar da Sua presença como aquele jovem, com a alma impregnada de profunda tristeza por não termos sabido nos desprender de uns bens de pouco valor em comparação com a imensa riqueza de Jesus.
Que o Senhor nos ajude com a Sua graça para que, a cada momento, possa contar efetivamente conosco para o que queira. Livres de objeções e de laços que nos prendam.
Senhor, não tenho outro fim na vida a não ser buscá-Lo, amá-Lo e servi-Lo. Dê-me um coração desprendido de todas as riquezas do mundo. Quero ser como o Senhor e receber o puro de Deus, para tudo dar aos meus irmãos – por amor -, a fim de que tenha como herança a vida eterna.
Padre Bantu Mendonça

São Bernardo

20 de Agosto

Com muita alegria celebramos a santidade do abade e doutor da Igreja: São Bernardo. Nascido no Castelo de Fontaine em 1094, perto de Dijon (França), pertencia a uma família nobre, a qual se assustou com sua decisão radical de seguir Jesus como monge cisterciense.

São Bernardo é considerado pela Família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía a tantos para a Ordem, que as mães e esposas afastavam os filhos e maridos do santo; tamanho era real o poder de atração de Bernardo que todos os irmãos, primos e amigos o seguiram. Homem de oração, destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, Reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.

Aconteceu que São Bernardo, mesmo sendo contemplativo, entrou no concreto da realidade da sua época, a ponto de participar de várias polêmicas internas e externas da Igreja da época.

No ano de 1115, o seu abade Estevão mandou-o com doze companheiros fundar, no Vale do Absíntio, aquilo a que São Bernardo chamou Vale Claro (Claraval). Do Mosteiro de Claraval, o santo irradiava a luz do Cristianismo, isto também pelos escritos, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos; a invocação é fruto de sua profunda e sólida devoção a Nossa Senhora: "Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria". Pela Mãe do Céu, foi acolhido na eternidade em 1153.

Escreveu numerosas obras, milhares de cartas, mais de 300 sermões; interveio em todas as disputas doutrinais, em todas as grandes questões religiosas e seculares da época. Por ordem de tempo, considera-se o último dos Padres da Igreja. Um seu editor, falecido em 1707, Mabillon, escreveu sobre ele: "É o último dos Padres mas iguala os maiores".


São Bernardo, rogai por nós!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Espiritualidade: Como ganhar o céu?


Muitas pessoas, até cristãos engajados desconhecem este Mistério que na Igreja do Brasil vamos celebrar solenemente neste Domingo e se perguntam: “Nossa Senhora realmente subiu ao céu em corpo e alma?”. Em primeiro lugar este Dogma não tem como centro a pessoa da Virgem Maria, mas O Cristo seu filho, que na sua Morte, Ressurreição e Ascensão ao céu garantiram a Salvação e a conquista da felicidade eterna para todos dos homens. Pelos méritos de seu Filho, Maria é a primeira receber da Trindade Santa tudo que está reservado para todos os homens. Em Maria já se realizou tudo que vai se realizar em cada um de nós.
Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica n° 966: “Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo.” A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos:
“Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte” (Liturgia bizantina, Tropário da festa da Dormição).
Depois de encerrar o curso de sua vida terrestre, a Santíssima Virgem Maria foi elevada em corpo e alma à glória do Céu, onde já  participa da glória da ressurreição de seu Filho, antecipando a ressurreição de todos os membros de seu corpo. CIC 974.
“Cremos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no Céu sua junção materna em relação aos membros de Cristo.” CIC 975.
Veja que texto belíssimo do Padre Stefano M. Manelli, F.IFundador dos Franciscanos da Imaculada.
– Ao contemplar a assunção de Maria ao céu em corpo e alma, contemplamos o nosso destino final de acordo com o plano de Deus: o paraíso.
Para merecer o paraíso, no entanto, precisamos nos esforçar para viver como Maria viveu praticando as virtudes no sacrifício diário da nossa vida. “Só será recompensado quem tiver legitimamente lutado”, diz o apóstolo Paulo (cf. 2 Tim 2,5).
A assunção da Virgem Maria ao céu nos lembra as suas virtudes santas, brilhantes como estrelas no firmamento da sua vida. Toda a vida de Maria foi uma constelação de virtudes, um Éden de graça na terra, depois transportado para o Éden infinito e eterno dos céus. E nós, contemplando Maria, temos que aprender a viver como ela para ser um dia acolhidos no paraíso.
É por esta razão que a Igreja diz que sobre a terra os homens “voltam os olhos para Maria, que refulge como o modelo da virtude perante toda a comunidade dos eleitos” (Lumen Gentium). O papa Paulo VI afirma que as virtudes de Maria são o modelo para todos, e que “dessas virtudes da Mãe também se adornarão os filhos, que, com tenaz propósito, se espelham nos seus exemplos para reproduzi-los na própria vida” (Marialis cultus).
Mas quais são as virtudes de Maria que mais devemos imitar?
O grande apóstolo de Maria, São Luis Grignion de Montfort, nos ensina que “a verdadeira devoção à Santíssima Virgem leva a alma a evitar o pecado e a imitar as virtudes de Maria, em particular a sua humildade profunda, a sua fé viva, a sua obediência cega, a sua contínua oração, a sua mortificação universal, a sua pureza divina, a sua caridade ardente, a sua paciência heróica e a sua sabedoria divina”. Que tesouro imenso de virtudes sublimes é Maria!
Se o caminho da virtude foi o caminho de Maria para o céu, então ele deve ser também o nosso caminho. Não há outra maneira de ir da terra ao céu sem passar pelo purgatório, que é um lugar de purificação dolorosa, diante do qual empalidecem até mesmo os sofrimentos mais atrozes da terra.
Todos os santos são santos porque praticaram as virtudes de modo perfeito, brilhando mais por alguma virtude que os caracteriza em particular: assim, São Francisco de Assis brilha em especial pela pobreza; Santa Clara de Assis pelo amor à Eucaristia; São Luís Gonzaga pela pureza; Santa Teresa de Jesus pela oração; São Francisco Xavier pelo amor às almas nas missões; Santa Gemma Galgani pelo amor ao Cristo crucificado e à Virgem das Dores; São Maximiliano Kolbe pelo amor à Imaculada Conceição; São Pio de Pietrelcina pelo amor ao rosário.
Nossa Senhora de Fátima também nos fala do purgatório, e em termos nada reconfortantes. Para a pequena Lúcia, que perguntava onde estava à alma de uma companheira falecida recentemente, Maria respondeu: “Ela está no purgatório e lá permanecerá até o fim do mundo”. É terrível. Mas por que não pensamos que poderia ser assim para nós também?
No céu se entra perfeito, com todas as virtudes. Os três pastorzinhos compreenderam isto muito bem e se aplicaram com todo o ardor na busca da virtude. Jacinta, por exemplo, nos encanta pela candura e pela mortificação, pela oração e pela paciência nos sofrimentos terríveis que padeceu ao passar por uma cirurgia sem anestesia. Fascina especialmente pela sua caridade heróica para com os pobres pecadores, que eram a paixão do seu coração inocente.
O pequeno Francisco de Fátima, igualmente, nos encanta pelo seu recolhimento, pela sua reserva e capacidade de contemplação e de adoração. São coisas incríveis em um menino de dez anos, idade em que eles são apaixonados pelo esporte e por correr despreocupadamente.
Quanta maturidade, no entanto, e que paixão amorosa ele demonstra ao querer sempre “consolar Jesus”, passando horas a fio perto do tabernáculo, onde Jesus fica escondido!
É assim que se entra no céu. Só assim. Contemplando Maria assunta ao céu, descobrimos o verdadeiro caminho da vida cristã, na esteira esplendorosa e sublime da Mãe Celestial: um caminho de virtudes que nos levam para cima.
Virtude a praticar: a imitação de Maria.
Clique AQUI Reze a Quaresma de São Miguel
Fonte: ZENIT.org
Escute o PODCAST: Maria a mulher sábia
Oração a Nossa Senhora da Assunção
Ó dulcíssima soberana, rainha dos Anjos, bem sabemos que, miseráveis pecadores, não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas, mas sabemos que a vossa grandeza não vos faz esquecer a nossa miséria e, no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta cada vez mais para conosco. Do alto desse trono em que reinais sobre todos os anjos e santos, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos; vede a quantas tempestades e mil perigos estaremos, sem cessar, expostos até o fim de nossa vida. Pelos merecimentos de vossa bendita morte, obtende-nos o aumento da fé, da confiança e da santa perseverança na amizade de Deus, para que possamos, um dia, ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes às dos espíritos celestes, para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu. Assim seja!
Maria assunta ao céu rogai por nós!
Minha benção fraterna.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
http://twitter.com/padreluizinho

Não se deixe abater pelo desânimo

"Paulo e Timóteo atravessaram a Frígia e a região da Galácia, pois o Espírito Santo os proibira de pregar a Palavra de Deus na Ásia. Chegando perto da Mísia, eles tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. Então atravessaram a Mísia e desceram para Trôade. Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente, estava de pé um macedônio que lhe suplicava: 'Vem à Macedônia e ajuda-nos!'" (At 16,6-9). 

Para chegar até lá [Macedônia], eles tinham de atravessar o mar. Então, depois da visão que teve, Paulo partiu para anunciar a Boa Nova àquele povo.

Meus irmãos, isso vem nos dizer o quanto precisamos ser cheios do Espírito Santo. Paulo e Timóteo perceberam que Deus estava lhes indicando o caminho, porque eram pessoas cheias do Espírito Santo, eram pessoas de oração, decididas a fazer a vontade do Senhor. Então, o Espírito os conduziu para Filipos e, para lá eles foram sem conhecer nada, pois nunca tinham ido para aqueles lados.

"Para combater o desânimo precisamos ser cheios do Espírito Santo", exorta monsenhor Jonas


Uma coisa muito bonita é que Paulo, num dia de sábado, viu um lugar de oração à beira de um rio. Lá, ele encontrou um grupo de mulheres e ficou em oração com elas. Elas, certamente, estranharam a presença de homens naquele lugar. Mas foi ali que eles, a partir das Escrituras, falaram-lhes de Jesus. Entre aquelas mulheres estava Lídia, muito atenta e de coração aberto para receber a Palavra. Ela foi batizada e insistiu para que Paulo ficasse em sua casa. Tendo ela muita influência sobre as outras pessoas do lugar, Paulo teve a oportunidade de fazer a evangelização de muitos. O apóstolo estava na Ásia Menor e o Senhor o levou para a Europa, depois para o outro lado, na Grécia.

Estamos vindo de uma situação em que Paulo foi apedrejado pelos próprios judeus, de tal maneira que ele parecia estar morto. Mas as perseguições não o seguraram. 

Deus não quer que desanimemos, e não podemos, realmente, desanimar. Quando assumimos nossa vida cristã, vivemos o Cristianismo radicalmente e, assim, começamos a trabalhar pelo Senhor – seja qual trabalho for – e nos tornamos "inimigos do inimigo". Então, ele [o inimigo] começa a nos perseguir. Mas não podemos desanimar, não podemos esperar que o demônio nos deixe à vontade, porque é uma luta e ele vai armar ciladas contra nós. 

O demônio é covarde, ele é um vilão que "dá um tapa e esconde a mão", faz-nos pensar que é o Senhor quem está fazendo isso em nós. 

Quantas vezes somos injustos com Deus e nos revoltamos contra Ele, pensando que é Ele quem nos está fazendo sofrer? Quando deixamos de ser radicais e voltamos atrás por causa dos sofrimentos, também deixamos de servir o Senhor. A partir daí, aquele que é ladino ataca a nossa saúde e a de nossos familiares; ele ataca nossas finanças, causa-nos desemprego, nos faz entrar em dívidas. Ele é covarde e faz tudo isso. Existe, meus irmãos, minhas irmãs, este tipo de perseguição. O inimigo quer nos derrotar. Tolos somos quando sedemos ao ataque dele. 

Quantos de nós desanima na vida cristã por causa do sofrimento, das dores! São Paulo, na Carta aos Efésios, capítulo 6, nos diz: "Não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares" (Ef 6,12). Eles estão por aí em enorme quantidade e sabem onde nos atingir. Aquilo que mais nos atinge – pode ser filho, marido, esposa, mãe, pessoas que amamos muito – o inimigo usa para nos tirar do Senhor. 

Hoje é um dia em que o Senhor está falando forte para mim e para você: "Meu filho, ser cristão para valer, como todos precisamos ser, e entrar na evangelização vai nos ocasionar perseguições, dores, sofrimentos".

Ore comigo: "Senhor, dá-nos a Sua graça. Se desanimamos, se largamos tudo, obrigado porque tens misericórdia e estás de braços abertos para nos acolher e perdoar os nossos pecados. Senhor, tem piedade de nossas fraquezas, principalmente se desanimamos. Obrigado, Senhor, porque me recebes. Eu estou voltando. São desencontros no serviço, injustiças que me desanimam. Senhor Deus, perdoa-me. Eu quero ser cristão, quero viver a vida cristã, quero trabalhar por Ti, sem voltar atrás. Obrigado, porque voltei! Obrigado, porque me acolhes, abraças-me. Eu recebo este abraço e lhe digo: Eis-me aqui, o Teu filho, a Tua filha, vou reassumir o meu serviço por Ti". 

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova