segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Para refletirmos...

O que é uma falsa religião?
É tudo aquilo que me é oferecido como salvação, entretanto, sem Jesus como Salvador. É quando eu digo que vou ser cristão do meu jeito, que basta saber que Deus existe e me ama, e vou vivendo minha vida do jeito que eu quero, criando meus mandamentos, sacramentando um relaxamento do meu modo, segundo meu ponto de vista. 
É cristianismo "de mentirinha" que não toca na minha vida e, por isso, não a transforma.
Falsa religião é mais do que aquela seita das esquinas do nosso pais e do mundo; trata-se também do meu modo covarde de inventar e viver uma religião pessoal que nunca me salvará!

Por Ricardo Sá (membro da Comunidade Canção Nova)

Feliz 2013

Mais um ano está chegando ao fim e mais um ano está iniciando e todos numa só voz desejamos uns aos outros, saúde, prosperidade, amor, sorte. Muitos outros pulam ondas, comem lentilha, usam branco, fazem oferendas entre outras crendices para dar sorte no novo ano que se inicia. 
Que nesse ano de 2013 possamos abrir os nossos corações para que Jesus, o nosso salvador, possa agir em nossas vidas. "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo". (São Mateus 6,33). 
Que nossas vidas seja cheia de Deus nesse ano de 2013 e assim teremos saúde porque vem de Deus; amor, porque o próprio Deus é amor, um pouco de dinheiro sim, porque se faz necessário para nossa sobrevivência, mas lembre-se. "Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus". (São Mateus 4,4)

Desejamos a todos os meus amigos e familiares muito DEUS nesse ano que se inicia, e seremos todos muito felizes... 

Feliz ano novo a todos, cheio de Deus. 



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Feliz e Santo Natal de 2012 - A Palavra se fez carne e veio morar entre nós


Imagem de Destaque“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz."

"Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina.  Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu.  Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que creem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.  E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho dele e proclama: “Foi dele que eu disse: ‘Aquele que vem depois de mim passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’”. De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça. Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.  Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer.” (Jo 1,1-18) 

Em festa de Família, todos se reconheçam filhos de Deus e irmãos uns dos outros.

Feliz e Santo Natal de 2012
Abençoado Ano Novo

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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Nova Evangelização e Nova Catequese


 


No Jubileu do ano 2000 o Papa João Paulo II pediu à Igreja uma “Nova Evangelização”, com “novos métodos, novo ardor e nova expressão”, afim de reavivar a fé do povo católico e também para trazer de voltar para a Igreja aquelas ovelhas desgarradas que as seitas levaram embora.
Muitos filhos da Igreja foram levados porque não conheciam a doutrina católica nem mesmo na sua fundamentação básica; por isso foram enganados pelos “falsos pastores” que Jesus avisou que viriam como cordeiros, mas que eram lobos ferozes. (cf. Mt 7,15). E isto acontece porque esse bom povo católico não foi evangelizado, especialmente não foi catequizado nem pelos pais e nem pela Igreja.
Nos últimos decênios a catequese diminuiu muito; em primeiro lugar por causa da crise da família provocada pelo divórcio, pela falta de formação dos pais, e tantos outros fatores. A catequese das  crianças sempre começou no colo dos pais, mais isso diminuiu muito, e, por outro lado, muitos segmentos da Igreja desviaram a catequese quase exclusivamente para o campo social, deixando as crianças e os jovens à mingua de uma catequese completa sobre os Sacramentos, o Credo, os  Moral católica e a vida de piedade e oração. O povo, então, foi buscar a fé nas outras comunidades.Portanto, urge que se estabeleça uma “nova catequese” para as crianças e jovens de modo especial. São Paulo, São Pedro e São João nos mostram o cuidado dos Apóstolos em preservar a “sã doutrina” (1 Tm 1,10). Paulo fala do perigo das “doutrinas estranhas” (1 Tm 1,3); dos “falsos doutores” (1 Tm 4, 1-2); e recomenda a S. Timóteo: “guarda  o  depósito” (1 Tm 6,20).
O Concílio Vaticano II convocou de modo especial os leigos para essa urgente retomada na catequese: “Grassando em nossa época gravíssimos erros que ameaçam inverter profundamente a religião, este Concílio exorta de coração todos os leigos que assumam mais conscientemente suas responsabilidades na defesa dos princípios cristãos”. (Concílio Vaticano II – Apostolicam Actuositatem, 6)
E o Documento de Santo Domingo, do IV CELAM, insistiu no mesmo ponto: “Instruir o povo amplamente, com serenidade e objetividade, sobre as características e diferenças das diversas seitas e sobre as respostas às injustas acusações contra a Igreja”. (Doc. Santo Domingo, n.141)
Para sentirmos a gravidade das seitas hoje, basta dizer que o Parlamento Europeu declarou, em 1998, que nos últimos anos nasceram 20.000 (vinte mil) seitas em todo o mundo (12.000 no ocidente e 8.000 na África), um fenômeno que envolve cerca de 500 a 600 milhões de pessoas. (cf. L´Osservatore Romano, n. 35; 29/08/1998 – 12 (476)).
Como enfrentar essa situação? Somente com uma boa catequese desde a infância. O Catecismo da Igreja lembra que: “Os períodos de renovação da Igreja são também tempos fortes da catequese. Eis por que, na grande época dos Padres da Igreja, vemos Santos Bispos dedicarem uma parte importante de seu ministério à catequese”. (§8).
Em 1979, o Papa João Paulo II preocupado com a catequese escreveu a “Catechesi tradendae” e chamou a Igreja a assumi-la;  e aprovou em 1992 o novo Catecismo da Igreja, a pedidos dos bispos que participaram da Sínodo dos Bispos de 1985. O Santo Padre endossou o pedido dos Bispos, reconhecendo que “este desejo responde plenamente a uma verdadeira necessidade da Igreja universal e das Igrejas particulares”. (cf. §10).
Pediu o Papa “aos Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo e o usem assiduamente ao cumprir sua missão de anunciar a fé e convocar para a vida evangélica”. Insistiu o Papa que ele é “uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição Apostólica e pelo Magistério da Igreja uma norma segura para o ensino da fé” (cf. Fidei Depositum). Resta-nos agora empunhar o Catecismo e formar as crianças principalmente. O futuro da Igreja passa por elas.
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

As portas do perdão estão sempre abertas - Se na Igreja não existisse a remissão, não existiria esperança


Imagem de DestaqueO Catecismo da Igreja diz algo muito importante: “Não há  pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. "Não existe ninguém, por mau e culpado que seja, que não deva esperar, com segurança, o seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero." Cristo, que morreu por todos os homens, quer que, em Sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado” (§982).

Então, nenhum pecador pode se desesperar ou desanimar da salvação; seria falta de fé. Basta uma gota do preciosíssimo Sangue de Cristo para perdoar todos os nossos pecados. No entanto, Ele derramou todo o Seu Sangue por nós. Só não pode ser perdoado o pecador de que tiver o coração endurecido e não corresponder à graça de Deus, fechando-se para o arrependimento; é o pecado contra o Espírito Santo. Neste caso, a falta do perdão não acontece por falta de misericórdia divina, mas por ação do pecador que rejeita o perdão de Deus.

Assista também: "O perdão é o caminho para a cura", com o saudoso padre Rufus

Na remissão dos pecados, os presbíteros e os sacramentos são instrumentos que nosso Senhor Jesus Cristo, único autor e dispensador de nossa salvação, faz uso para apagar nossas iniquidades e dar-nos a graça da justificação. Por isso, não podemos fugir deste sacramento como alguns o fazem; ao contrário, frequentemente temos de buscar nele o perdão de nossas faltas para ter a consciência em paz conosco e com Deus. A Igreja chama a penitência de "sacramento de cura".

Santo Ambrósio (340-397), o grande doutor que batizou Santo Agostinho, disse que Jesus quis dar a Seus discípulos um poder imenso: que seus pobres servidores realizem em Seu nome tudo que havia feito quando estava na terra. É melhor confessar-se com um sacerdote, humano e também pecador, que entende a nossa fraqueza, do que se confessar com um anjo que nunca pecou. No sacramento da confissão há uma pedagogia divina que nos leva ao ministro sagrado para não só ser perdoado, mas também ser orientado para livrar-se do pecado, o pior de todos os males. (De Paenitentia 1,8,34)

Vemos, então, que os presbíteros receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos nem aos arcanjos. O Senhor sanciona, lá no alto, tudo o que os sacerdotes fazem aqui embaixo, disse outro doutor da Igreja, São João Crisóstomo (349-407) (Sac. 3,5). Santo Agostinho disse que: “Se na Igreja não existisse a remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança, nenhuma perspectiva de uma vida e de uma libertação eternas. Demos graças a Deus, que deu à Igreja tal dom” (Salmo 88,2,5).


    
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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor:www.cleofas.com.br

19.12.2012


Primeira leitura (Juízes 13,2-7.24-25a)

Quarta-Feira, 19 de Dezembro de 2012
19 de Dezembro


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Leitura do Livro dos Juízes.

Naqueles dias, 2havia um homem de Saraá, da tribo de Dã, chamado Manué, cuja mulher era estéril. 3O anjo do Senhor apareceu à mulher e disse-lhe: “Tu és estéril e não tiveste filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. 4Toma cuidado de não beberes vinho nem licor, de não comeres coisa alguma impura, 5pois conceberás e darás à luz um filho. Sua cabeça não será tocada por navalha, porque ele será consagrado ao Senhor desde o ventre materno, e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus”. 6A mulher foi dizer ao marido: “Veio visitar-me um homem de Deus, cujo aspecto era terrível como o de um anjo do Senhor. Não lhe perguntei de onde vinha nem ele me revelou o seu nome. 7Ele disse-me: ‘Conceberás e darás à luz um filho. De hoje em diante, toma cuidado para não beberes vinho nem licor, e não comeres nada de impuro, pois o menino será consagrado a Deus, desde o ventre materno até o dia da sua morte’”. 24Ela deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu, e o Senhor o abençoou. 25aO espírito do Senhor começou a agir nele no Campo de Dã.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 70)

Quarta-Feira, 19 de Dezembro de 2012
19 de Dezembro


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— Minha boca se encha de louvor, para que eu cante vossa glória.
— Minha boca se encha de louvor, para que eu cante vossa glória.

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.
— Cantarei vossos portentos, ó Senhor, lembrarei vossa justiça sem igual! Vós me ensinastes desde a minha juventude e até hoje canto as vossas maravilhas.


Evangelho (Lucas 1,5-25)

Quarta-Feira, 19 de Dezembro de 2012
19 de Dezembro


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

5Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6Ambos eram justos diante de Deus e obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. 7Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada.
8Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois era a vez do seu grupo. 9Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. 10Toda a assembleia do povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido.
11Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. 12Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. 13Mas o anjo disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. 14Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, 15porque ele vai ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. 16Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. 17E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto”.
18Então Zacarias perguntou ao anjo: “Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada”. 19O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel. Estou sempre na presença de Deus, e fui enviado para dar-te esta boa notícia. 20Eis que ficarás mudo e não poderás falar, até o dia em que essas coisas acontecerem, porque não acreditaste nas minhas palavras, que se hão de cumprir no tempo certo”.
21O povo estava esperando Zacarias, e admirava-se com a sua demora no Santuário.22Quando saiu, não podia falar-lhes. E compreenderam que ele tinha tido uma visão no Santuário. Zacarias falava por sinais e continuava mudo.
23Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário, Zacarias voltou para casa. 24Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida, e escondeu-se durante cinco meses. 25Ela dizia: “Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em que ele se dignou tirar-me da humilhação pública!”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Deus realiza o impossível na vida dos homens de fé

Postado por: homilia

dezembro 19th, 2012
Por exercer as funções sacerdotais, Deus olhou misericordiosamente para as orações de Zacarias e cumpriu a promessa aos homens justos e tementes a Ele. Esse casal, Zacarias e Isabel, vivia uma vida que, para Deus, era correta, pois obedeciam, fielmente, todas as leis e mandamentos do Senhor.
Por meio do anjo Gabriel, extraordinariamente, Deus anuncia o nascimento de João Batista, pois Isabel era já de idade avançada. Tocou-lhe exercer o seu ministério enquanto oferecia o sacrifício divino pelos pecados do povo e também dos seus.
Dentro desta dinâmica, Deus resolve atender, dentre outros, os pedidos do próprio Zacarias. Conceder-lhe um filho que, por providência divina, nasce de uma mulher da estirpe de Aarão, cujo nome é Isabel. Pela razão aludida acima, Deus realiza o impossível na vida dos homens de fé e, se aparece alguma dúvida apesar da fidelidade, Ele manifesta o seu poder sobrenatural.
O povo, rezando do lado de fora, esperava que Zacarias saísse depois do incenso. Enquanto isso, o anjo de Deus se aproxima e conversa com Zacarias. E o conteúdo da conversa é: “Não tenha medo, Zacarias, pois Deus ouviu a sua oração! A sua esposa vai ter um filho, e você porá nele o nome de João”.
Neste filho se vê, antecipadamente, o anúncio do nascimento do Messias, o Emanuel. Ele será mandado por Deus como mensageiro e será forte e poderoso como o profeta Elias. Ele fará com que pais e filhos façam as pazes e que os desobedientes voltem a andar no caminho certo. Ele, João Batista, preparará o povo de Israel para a vinda do Senhor.
Para Lucas, as aparições de anjos são o sinal de que caíram as antigas barreiras entre o céu e a terra, ou, pelo menos, estão por cair, como neste caso. A iniciativa parte de Deus, porque tudo o que é grande vem d’Ele.
Zacarias, ante a impossibilidade humana, expressa a pouca fé nas coisas altas e profundas. Ainda não sentiu que para Deus nada é impossível e que Seu poder começa onde a fraqueza humana mostra os limites de suas possibilidades. Como resultado do seu comportamento, ele fica mudo até que a profecia se cumpra, porque para Deus nada é impossível. Tanto tempo, muita demora e, como agravante, aparece mudo. O povo reage desesperadamente. Como se comunicar com ele? O que será isso? Que milagre terá acontecido? Por inspiração divina, chegam à conclusão de que Zacarias teria tido uma visão. Deus lhe teria falado.
Caríssimos irmãos, assim como a primavera traz belas e perfumadas flores, o Advento nos traz vida. Somos chamados com todo o rigor à conversão, à mudança de nossa vida. É preciso que mudemos, de verdade, o nosso modo de agir e penetremos mais firmemente no caminho do Reino. Se João Batista nos chama à conversão, Jesus, por sua vez, chama-nos e convida a tomar parte no Reino. Se quisermos, verdadeiramente, encontrar Deus, temos de nos converter profundamente.
Acolhamos a voz do anjo que nos anuncia a chegada do Deus menino. Tenhamos uma fé firme e forte, que supere a de Zacarias, pois ele foi norteado somente pela esperança profética. Quanto a nós, sabemos e temos provas concretas da presença de Deus no mundo.
Padre Bantu Mendonça

Santo Urbano V

19 de Dezembro


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Santo Urbano VNascido em 1310, no castelo de Grisac, nas Cevenas, França, Guilherme de Grimoard, filho do cavaleiro do mesmo nome e de Anfelisa de Montferrand, mostrou-se desde a infância hostil a toda frivolidade. Vendo-o fugir dos jogos próprios da sua idade e recolher-se à capela, sua mãe dizia: "Eu não o compreendo; mas, enfim, basta que Deus o compreenda". Entrou na abadia beneditina de Chirac, perto de Mende; proferiu os votos no convento de S. Vítor de Marselha e, a seguir, entrou na Congregação de Cluny. Formou-se em Direito Canônico em outubro de 1342; ensinou nas Universidades de Toulouse, Montpellier, Paris e Avignon; exerceu as funções de Vigário Geral em Clermon e Uzés; foi nomeado Abade de S. Germano de Auxerre em 13 de fevereiro de 1352 e, no dia 26 de julho do mesmo ano, Clemente VI nomeou-o Legado Pontifício na Lombardia. Mais tarde, sendo Abade de S. Vítor de Marselha, foi encarregado da mesma missão no reino de Nápoles, por Inocêncio VI.

Os Papas residiam em Avignon (Avinhão), mas já pensavam em voltar para Roma; para preparar esse regresso, Guilherme desenvolvia grande atividade diplomática na Itália. Nos fins de 1362, sucedeu a Inocêncio VI, com o nome de Urbano V, sendo um dos sete Papas que, de 1309 a 1377, residiram em Avignon. O seu Pontificado assinalou-se pelo envio de missionários para as Índias, a China e a Lituânia; pela pregação de uma nova cruzada; pelo apoio que deu aos estudos eclesiásticos, e por diversas reformas que levou a efeito na administração da Igreja. Depois de renovar a excomunhão pronunciada por Inocêncio VI contra Pedro IV, rei de Castela, assassino de sua mulher e polígamo, autorizou Henrique de Trastâmara, seu irmão, a destroná-lo. Convidou ao mesmo tempo Du Guesclin e as suas "companhias brancas" a prestar-lhe auxílio, assegurando assim o êxito dessa revolução dinástica.

Em 1367, Urbano V entendeu que tinha chegado o momento de regressar a Roma. No dia 19 de maio, embarcou em Marselha, acompanhado de vinte e quatro galeras; no dia 3 de junho, desembarcou em Corneto e em 16 de outubro fez a entrada triunfal na Cidade Eterna. Não conseguiu, porém, manter-se, apesar dos protestos de Santa Brígida, que lhe previu morte próxima se voltasse. Mas voltou no dia 26 de setembro de 1370, regressando a Avignon, onde morreu em 19 de dezembro seguinte, revestido do hábito beneditino. Tempos antes, tinha-se mudado para casa de seu irmão, por não desejar acabar a vida num palácio. Por sua ordem, as portas dessa casa mantinham-se abertas, a fim de que todos pudessem entrar livremente e ver "como morre um Papa".


Santo Urbano V, rogai por nós!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Você entende o significado da oração do Credo?

 Neste 'Ano da Fé', proclamado pelo Papa Bento XVI para o período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013, o Santo Padre pede aos fiéis para que rezem a oração do Credo. Esta é a profissão de fé dos fiéis, ou seja, expressa qual é a verdadeira crença dos fiéis católicos. Nesta semana, o noticias.cancaonova.com exibe uma série de cinco reportagens que refletem o significado da oração.
 
Existem duas formas de se rezar o Credo. Padre Antônio Justino Filho, conhecido como padre Toninho da Comunidade Canção Nova, explicou que a primeira, denominada Credo niceno-constantinopolitano, é resultado dos primeiros concílios ecumênicos da Igreja: o Niceno, de Niceia, no ano 325, e o de Constantinopla, em 381.
 
O sacerdote disse que esta oração ainda é muito comum nas grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente. Ela pode ser rezada nas Celebrações Eucarísticas dependendo da liturgia, o que acontece, normalmente, em ocasiões solenes.
 
Mas há uma forma mais resumida desta oração, o qual é chamado 'símbolo dos apóstolos', ou seja, o Credo que se reza normalmente na Santa Missa no momento da Profissão de Fé.
 
“Nós temos o 'símbolo dos apóstolos', assim chamado por ser considerado o resumo fiel da fé deles, um antigo símbolo da fé batismal da Igreja de Roma e sua grande autoridade vem do seguinte fato: ele é o símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela na qual Pedro, o primeiro apóstolo, teve a sua fé e para onde ele trouxe a comum expressão de fé, opinião comum. Isto quem diz é Santo Ambrósio, um grande Santo da Igreja”, informou padre Toninho.
 
O sacerdote ressaltou que o Credo niceno constantinopolitano é o mais completo símbolo de fé. Contudo, este resumo de fé dos apóstolos aconteceu para facilitar a vida da Igreja e dos cristãos, já que a oração fruto dos dois Concílio é um Credo um pouco mais extenso.
 
Ano da Fé
 
 Tendo em vista que o Credo é a profissão de fé dos fiéis, o Papa pede que todos o rezem com atenção neste 'Ano da Fé', isso porque a proposta deste Ano é, justamente, uma redescoberta da fé, de forma que os cristãos saibam entender e dar razões da fé que têm.

 
Quanto a isso, padre Toninho acrescentou o fato de que, muitas vezes, se reza muito rápido, mas é necessário parar e refletir sobre o que se está rezando.
 
“A primeira palavra que a profissão de fé nos mostra é o ‘creio’. Em que você crê? Começa daí, pois a fé é você meditar aquilo que você está rezando. Você crê em quem: no Pai, no Filho, no Espírito Santo, na Igreja, na Ressurreição da Carne? Esse crer significa a minha adesão àquilo que eu estou rezando. Então, nesse Ano da Fé, o Papa pede isso: essa maior interiorização naquilo que se reza”, destacou.

Enfrente seu problema com a força do Espírito Santo

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: "Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 'Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’. Veio João, que não come e nem bebe, e dizem: 'Ele está com um demônio'. Veio o Filho do Homem, que come e bebe e dizem: 'É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores'. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em Suas obras"(Mateus 11,16-19).

"Com quem vou comparar esta geração?" Jesus estava falando da geração na época d'Ele, mas, hoje, essas palavras servem para nós. Haverá uma geração do futuro, assim como teve a do passado, mas, de modo especial, hoje Ele fala para nós. A nossa geração é assim: "'Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!" Essa geração não sabe o quer, não sabe o que faz.

"Acorda, filho, levanta! Você tem virtude, tem têmpera. Problema você sempre terá", ensina monsenhor Jonas


Principalmente os nossos filhos, mas também os nossos pais, familiares, vizinhos não sabem o que querem, não sabem a quem seguir. Eles não têm culpa, pois não foram evangelizados, não conhecem Jesus. E por isso são como essas crianças que não sabem o que querem; nem uma coisa nem outra está boa.

Há outros que tiveram o seu encontro pessoal com Jesus, foram batizados no Espírito Santo e, hoje, estão caídos, enfraquecidos, derrotados com os problemas. Vou comparar os cristãos de hoje em dia com um subir de elevador. Existem prédios altíssimos, que para chegar no último andar é preciso pegar o elevador. Mas, mesmo chegando no último andar, de elevador, é necessário sair de dentro dele, caminhar para chegar ao lugar desejado. O batismo no Espírito Santo é também assim, pois Jesus me tirou do buraco e me levou lá para cima; e Ele faz o mesmo com você.

Eu tenho certeza que a sua história é igual ou parecida com a minha. Mesmo que você não fosse uma pessoa má, era como as crianças do Evangelho, porque faz parte de uma geração que não sabe o que quer, como ovelha sem pastor. 

O batismo no Espírito Santo é como o elevador. Quando chegamos lá em cima, sentimo-nos o máximo, porque com ele também vem os dons. No entanto, com isso você viu que para continuar o caminho deveria caminhar muito, "ralar demais". Por causa disso, muitos começaram a se acomodar e agora estão todos "dodóis", onde qualquer probleminha os põe no chão.

Nós queríamos que o Senhor nos tirasse dos problemas, mas temos de entender que problemas sempre existirão e o que precisamos fazer é enfrentá-los com a virtude do Espírito Santo. E quantos de nós temos nos atolado nos pequenos problemas! Eu não estou menosprezando os seus problemas, mas estamos nos tornando "moles".

Está escrito: "Desde os dias de João Batista, até agora, o Reino dos Céus sofre violência e são os violentos que o conquistam" (Mateus 11,12). Não é violência contra os outros, é violência consigo mesmo, que enfrenta "de cara" as dificuldades, porque problemas sempre teremos.

Os problemas sempre vão se mostrar para você insuperáveis, dizendo que você não é capaz, porque ele é um problema. Mas lembre-se que você ficou cheio do Espírito Santo quando você foi levado para o alto no "elevador" e foi batizado pelo Espírito Santo. Portanto, por causa do Espírito Santo, você é um consagrado.

Os teólogos dizem que o casal é consagrado pelo Sacramento do Matrimônio. Portanto, não somente um é consagrado, mas os dois. Mesmo que você tenha casado com um "turrão" ou com uma histérica, você é um consagrado. Se você foi crismado ou batizado você é um consagrado. 

Se Deus é por nós quem será contra nós? O problema vai desafiar você e lhe enganar dizendo que você não conseguirá superá-lo, mas isso não é verdade, pois você é cheio do Espírito Santo. E eu lhe digo: você pode olhar de frente para os seus problemas, porque você é um consagrado. E talvez você, por saber disso, pense que Deus vai tirar o problema de você, mas Ele não vai tirar. Ele vai te capacitar para que você supere a cada dia. 

Você é um consagrado, para preparar a Segunda Vinda do Senhor Jesus. Você está entendendo por que você precisa ter têmpera, o porquê você não pode ser mole? Não estou criticando você. Estou apenas fazendo o papel do problema, para que você use a força de Deus que está em você. 

Acorda, filho, levanta! Você tem virtude, tem têmpera. Problema você sempre terá, mas você é um vigia que espera a Segunda Vinda do Senhor.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

TUDO PASSA PELA CRUZ


Quando nos curvamos diante da vida, é sinal de que não nos curvamos diante do Autor dela. Toda nossa insensatez humana está intimamente relacionada à nossa falta de confiança “n’Aquele que nos fortalece” (cf. Filipenses 4,13).
As trevas somente habitarão em nós se fecharmos as janelas para a luz do sol da vida, luz salutar que aquece e ilumina. Lembremo-nos: “Deus é luz” (I São João 1,5).
O sofrimento é um mistério que cerca o ser humano. Insensato é o coração que tenta fugir dele, pois evitá-lo já é sofrer; então, sofra com Deus, porque é mais leve. Tudo para Ele tem um porquê, embora nem sempre possamos sabê-lo nessa vida presente. Um dia, na eternidade, tudo nos será revelado.
Tenhamos confiança, de fato, pois “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8,28), e bem sabemos que “Deus não permitiria o mal se não soubesse tirar dele um bem maior” (Santo Agostinho). Dê sentido ao sofrimento, e “quando ele  bater à sua porta, abra a janela para que você veja a dor do outro” (Padre Fábio de Melo).
Há uma mentalidade nos abordando e dizendo para excluirmos as dores e as amarguras da vida. Ela nos diz que é possível, ao menos, fingi-la, mascará-la. Essa mesma mentalidade diz que viver é prazer. Contudo, a vida em Deus nos diz que prazer é viver e sonhar com a eternidade.
“Porém, segundo Sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra nos quais habitará a justiça” (II Pedro 3.13). Assim vale a pena; aliás, “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).
Vejamos: “os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Romanos 8,18). Desse modo, muitos querem a ressurreição sem passar pela cruz, “não foi sofrendo e morrendo que Jesus resgatou o mundo?” (Santa Teresinha do Menino Jesus). Sejamos justos conosco e com Deus, quem quer vê-Lo, viva segundo Ele.

18.12.2012


Primeira leitura (Jeremias 23,5-8)

Terça-Feira, 18 de Dezembro de 2012
18 de Dezembro


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Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

5“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi; reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra. 6Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá tranquilo; este é o nome com que o chamarão: ‘Senhor, nossa Justiça’. 7Eis que virão dias, diz o Senhor, em que já não se usará jurar ‘Pela vida do Senhor que tirou os filhos de Israel do Egito’ 8 — mas sim: ‘Pela vida do Senhor que tirou e reconduziu os descendentes da casa de Israel desde o país do norte e todos os outros países’, para onde os expulsará; eles então irão habitar em sua terra”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 71)

Terça-Feira, 18 de Dezembro de 2012
18 de Dezembro


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— Nos seus dias a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
— Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre.

— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
— Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.
— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque só ele realiza maravilhas! Bendito seja o seu nome glorioso! Bendito seja eternamente! Amém, amém!


Evangelho (Mateus 1,18-24)

Terça-Feira, 18 de Dezembro de 2012
18 de Dezembro


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— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.
19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. 24Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Saiba confiar e esperar no Senhor que tudo pode

Postado por: homilia

dezembro 18th, 2012
Começamos nossa reflexão citando as palavras do anjo a José, no que toca a concepção e, consequentemente, o nascimento de Jesus.
José depara-se com uma situação humanamente impossível: sua esposa está grávida sem que ele a tivesse conhecido. Como será isso e que procedimento seguir? Se ele a tivesse conhecido antes de viverem juntos, seria o pior vexame que teriam passado, além de correr o risco de serem apedrejados pela cultura daquele tempo; o que seria o de menos, pelo fato de terem violado a Lei. O enigmático é que, conscientemente, isso aconteceu e ela apareceu grávida.
Alguém lhe teria passado para trás ou a própria Maria o teria traído? Devido ao adjetivo a ele atribuído e sem querer difamá-la, porque era justo, José resolveu abandonar o amor da sua vida em segredo. Mas, enquanto pensava nisso, Deus veio ao seu encontro por intermédio de um anjo.
Na intervenção de Deus, neste momento de profunda angústia e confusão de José, manifesta-se o triunfo da justiça divina sobre os homens e mulheres fiéis a Ele, os quais andam observando e vivendo os Seus mandamentos. “Aos homens retos, darei alegria plena”, diz Deus. “Eu estou ao lado da justiça e julgo segundo o que vejo; não segundo as aparências”.
A atitude de silêncio interior de José pode ser entendida como o tempo da meditação, de intimidade profunda com Deus, de deixar que Ele fale por nós. Quando nós levamos as nossas preocupações a Ele, o Senhor as faz suas. Então, não somos nós que falamos, mas o Espírito do nosso Pai que fala por nós. Basta fazer a nossa parte, que consiste somente em confiar e saber esperar no Senhor que tudo pode. José não precisou falar alto nem muito com “A” ou “B”. Simplesmente, contemplando o sucedido e rezando, calou-se.
A resposta de Deus não se fez esperar. Imediatamente, agiu mandando o seu anjo que diz: “José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá n’Ele o nome de Jesus, pois Ele salvará o seu povo dos pecados”. Era isso que José esperava ouvir. Esclarecida a dúvida, José recebe Maria como sua esposa e toca a vida.
Muitas são as simbologias que podemos encontrar neste texto. Veja por exemplo: com a escolha do homem da casa de Davi, o Evangelho de Mateus quer, teologicamente, inserir Jesus na genealogia davídica para harmonizar a concepção virginal de Maria com a acolhida de José. O estranho é que, só depois de José sofrer profundamente ao perceber, progressivamente, a gravidez da mulher amada, o anjo é enviado a ele, dissipando a terrível dúvida acumulada.
Teologicamente, José, apresentado como inserido na genealogia davídica, representa o antigo Judaísmo. De Maria, que está fora desta genealogia, nascerá Jesus. Maria representa a novidade de Jesus nas comunidades cristãs. Alguém que não pertence à raça, à estirpe, à tribo. Porém, o novo que se manifesta em Maria escapa à compreensão de José. Era necessário que, do Alto, viesse a luz e José fosse advertido pelo anjo. E então, ele acolhe Maria para dizer que os judeus devem aceitar as novas comunidades cristãs, vendo nelas a obra de Deus.
Este “judeu” pode ser eu e pode ser você, meu irmão, quando, diante dos pecadores públicos, dos criminosos, consideramo-nos justos e sem pecados. Por isso, queremos nos manter distantes dos leprosos e dos pecadores.
José, o homem justo, fiel e humilde, compreendeu o desígnio do Pai para com a humanidade e colaborou para que ele fosse realizado. Em que ponto você está? Assim como aconteceu com José ontem, hoje a Palavra continua sendo dirigida a nós. Não tenha medo de receber o estrangeiro, o pobre, a viúva, o órfão, o viciado, o doente. Ame-os! Assim, você transformará a sua vida e salvará sua alma da morte eterna e, assim, celebrará o verdadeiro Natal.
Padre Bantu Mendonça

Nossa Senhora do Ó

18 de Dezembro


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Nossa Senhora do ÓFesta católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome de "Expectação do parto de Nossa Senhora", e entre o povo com o título de "Nossa Senhora do Ó". Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da "bendita entre as mulheres", que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes desde hoje até a Véspera do Natal e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó ("Ó Sabedoria... vinde ensinar-nos o caminho da salvação"; "Ó rebento da Raiz de Jessé... vinde libertar-nos, não tardeis mais"; "Ó Emanuel..., vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus"), como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de "Nossa Senhora do Ó". É ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume e pela presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.

Primeiro comemorava-se hoje a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de "Expectação do parto". Assim ficou sendo na Hispânia e passou a muitas Igrejas da França, etc. Ainda hoje é celebrada na Arquidiocese de Braga.

Nossa Senhora do Ó, rogai por nós!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Arrumar a casa - A Palavra de Deus pede atitudes novas


Imagem de DestaqueDeus nos concedeu a capacidade para expressar o que vai na alma por meio de sinais exteriores. Muda a face de uma cidade como Belém quando é Círio "outra vez". A estação de festas juninas tem seu colorido próprio. Férias têm roupa adequada, viagem preparada, lazer que toma conta do tempo. Festa de aniversário de criança sem bolo, doces, velinhas, parabéns, ficaria sem graça! Por outro lado, não se vai a um velório do mesmo jeito que se vai à praia. E casamento, então? Roupa nova, vestidos deslumbrantes, o terno alinhado... É bom ser assim, ter cara de domingo e jeito de dia de trabalho. A rotina se transforma e a vida fica mais bonita.
Quando vem o Natal, com ele fim de ano, gratidão, festas, enfeites, tudo a ser preparado para ser bem vivido. A Igreja sabe do ritmo humano da vida e o preenche com o que existe de melhor, pois nos oferece o mistério de Cristo vivido nesse tempo. Nossa vida, nossos passos e nossas festas ganham sentido novo.

O final do ano traz consigo o convite à renovação de vida, exame de consciência, propósitos novos, desejo de recomeçar. Para os cristãos não há qualquer perspectiva mágica na mudança do calendário, mas somos chamados à renovação contínua pela graça de Deus, na medida em que o mistério de Cristo é celebrado e acolhido com crescente consciência. O tempo não é um ciclo implacável e cansativo, mas oportunidade privilegiada oferecida por Deus a seus filhos. E a Igreja celebra, neste período, algumas realidades marcantes, correspondentes à ação amorosa de Deus, que nos enviou Seu Filho como Salvador e Redentor. 


“Advento” é a primeira palavra 
que chama atenção nos dias que correm. O contato com Deus não nos deixa estáticos, imóveis diante de uma realidade fechada. O Senhor é dinâmico em Sua presença e em Seu plano de salvação a favor da humanidade. Foi verdadeira peregrinação o caminho feito com Seu povo no Antigo Testamento. Os profetas foram portadores da mensagem da esperança, ajudando muitas gerações a não perderem a perspectiva dos dons de Deus. E Jesus Cristo, Filho de Deus, Deus verdadeiro e Homem verdadeiro, é alguém que chega, passa pela magnífica e desafiadora realidade da família, num tempo de perseguições e incompreensões, mas “vem”, entra nas estruturas do mundo, participa de tudo, menos do pecado, justamente porque veio para salvar do pecado e da morte. O apelo é ao acolhimento da iniciativa de Deus e a resposta alegre ao seu amor. 


Assista também: "O Advento nos convida a sermos aliados de Deus", com Dom Odilo Scherer 

Daqui a poucos dias, o Natal será a luz para entender os sentimentos humanos e unir pessoas e famílias. O nascimento de um Menino – e que Menino! – continua a deixar o mundo extasiado. O mistério da vida, dom de Deus, permanecerá como farol que ilumina as gerações. Os cristãos se agarrem a esta realidade, tomem posse da bandeira do Natal de Cristo, com Ele apostem na vida e defendam-na, façam tudo para que o sorriso do Menino de Belém se reflita em tantas crianças, de todas as idades, para que não se apague a vida e a esperança.

Logo a seguir, o “palco” do Natal se abrirá para observarmos os detalhes: a Sagrada Família, a Mãe de Deus, os pastores que acorreram a Belém e, enfim, os Magos que vieram, de longe, para desvendar o mistério. É a destinação final de tudo o que se celebra na Igreja neste tempo: abrir os espaços, para que todos, sem exceção, reconheçam Jesus Cristo, Filho de Deus, e n'Ele creiam. Manifestação, Epifania!


Não se vive uma realidade tão significativa sem a devida preparação, como acontece em nossas casas, onde grandes acontecimentos pedem arrumação geral, faxina, decoração nova, ambiente diferente! O convite da Igreja há de encontrar acolhida nos homens e mulheres de boa vontade!


A Palavra de Deus pede atitudes novas, mudança de roupa! Ao povo de ontem e de hoje, pede que se tome a veste da justiça. Na Bíblia, justiça e fidelidade a Deus se abraçam! A glória da cidade só pode vir d'Ele. Nossa sociedade é chamada a se abrir a Deus e à verdade. A secura do deserto só pode ser superada com a abertura dos corações ao Evangelho. Nossa sociedade, com o argumento de uma laicidade levada ao extremo, tem contribuído para que as pessoas separem fé e vida. O resultado é que ficam sem fé e sem vida digna! Arrumar a casa do mundo é buscar um equilíbrio entre os diversos setores da sociedade para que dois nomes se aproximem e sejamos com eles chamados: “Paz-da-Justiça“, “Glória-do-culto-a-Deus” (cf. Br 5,1-9). 


“É que Deus já mandou cortar todo morro elevado, toda serra antiga para aterrar os lugares mais fundos e aplainar o chão a fim de que Israel possa passar com segurança sob a glória de Deus. Por ordem de Deus todas as árvores e plantas de cheiro hão de fazer sombra para Israel. Assim é que, festivamente, Deus há de conduzir Israel para a luz de sua glória, por força da justiça e da misericórdia que dele vêm” (Br 5,7-9). Quando veio João Batista, precursor do Salvador do Mundo, sua voz ecoou pregando a “arrumação” da casa do mundo e dos corações. Sua palavra pediu conversão, correção de rota. 


Abaixem-se, pois, os montes do orgulho e da soberba, preencham-se os vales da falta de amor e solidariedade, nivelem-se as estradas, estabelecendo caminhos de comunicação entre as pessoas! Então, nosso testemunho de homens e mulheres de fé ajudará a que todas as pessoas vejam a salvação de Deus (cf. Lc 3,6).
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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

Você precisa cortar toda infidelidade da sua vida

Veja a situação em que estava José: Maria recebeu a anunciação do anjo, mas não pôde dizer nada a seu esposo [sobre o que havia sido anunciado a ela]; não tinha como explicar. Impelida pelo Espírito Santo, ela foi para a casa de Isabel e permaneceu lá até o nascimento de João Batista. A Virgem Maria foi até a casa de sua prima para ajudá-la e ficou lá até a quarentena de Isabel. Quando ela voltou, estava com sinais claros da gravidez. Imagine a situação de José! Ela não sabia explicar; ele confiava nela, e mais que isso, ele a amava profundamente, mas não tinha sido ele quem havia concebido a criança. 

"O que aconteceu? Foi na viagem? Foi lá no tempo em que ela esteve na casa de Zacarias cuidando de Isabel?" O fato é que ela estava grávida e a criança não era dele. Você que é homem, tente imaginar essa situação acontecendo com você. Ainda mais naquele tempo, no qual existia um costume cruel: a mulher que engravidasse de um homem, que não fosse seu marido, e principalmente se fosse no tempo de preparação para o casamento, era apedrejada - o casamento dos judeus era em dois tempos: eles casavam, mas o homem ia preparar a casa e a mulher ia para a casa dos pais preparar o enxoval. Claro que, nesse tempo, eles não mantinham relações conjugais. E foi, nesse tempo, que aconteceu tudo com Maria. A Lei dizia que, especialmente nesse tempo, era uma infidelidade muito grande a mulher ter relação com outro homem qualquer e engravidar. Então, essas mulheres eram cruelmente apedrejadas.

"Homem, está na hora de você retomar, assumir novamente as rédeas da sua casa", exorta monsenhor Jonas


O Evangelho mostrou o que fez José. Ele pensou em despedir secretamente Maria, porque ele a amava, mas, diante daquela situação tão dolorosa, o Senhor veio em auxílio dele e, durante o sonho, um anjo lhe apareceu e lhe explicou tudo: "Não temas receber Maria por tua esposa, porque Aquele que nela foi concebido foi por obra do Espírito Santo". 

Você acreditaria em um sonho assim? José acreditou, porque amava Deus e era obediente; então, logo que acordou, já obedeceu ao Senhor e fez aquilo que o anjo lhe havia dito, aceitou Maria como esposa. José, além de ser um homem de fé, era também obediente ao Senhor. 

Meus irmãos, esta é a Palavra de Deus para todos nós: precisamos ser homens e mulheres de fé. O Senhor tem as rédeas deste mundo nas mãos. Acredite n'Ele, porque Ele é Deus! É o Todo-Poderoso, nos ama e é cheio de misericórdia, por isso é importante obedecer a Deus Pai. 

Dê uma "olhadinha" para si mesmo e veja como você é desobediente a Deus! Sem falar nos que são desobedientes ao Senhor e nem sabem o que querem dizer os mandamentos d'Ele, acham que tudo isso é uma coisa antiquada. Quantos de nós, cristãos, frequentamos a igreja, oramos, conhecemos a Palavra de Deus e, na prática, somos desobedientes aos mandamentos d'Ele. Graças a Deus, José foi obediente!

Agora, eu falo muito especialmente aos homens: Deus constituiu você para ser o melhor pai do mundo. Não melhor do que os outros, mas o melhor pai do mundo para seus filhos, para a sua família, até o ponto de se expor pela sua esposa, como José se expôs quando descobriu a gravidez de Maria assumindo o Filho dela. Que você ame, realmente, seus filhos e se entregue por eles! Que você seja o cabeça do seu lar, homem firme, homem honesto, de palavra, homem de fidelidade, porque, hoje, o mundo está nos ensinando lições de infidelidade. 

Parece que ser infiel à esposa é "normal", ter casos por aí, prostituir-se, ter amante parece ser uma "glória". Até mesmo você, que já tem certa idade para mostrar que é viril, que é potente, além de ter a sua esposa, tem os seus casos, a sua amante... Meu irmão, você não sabe o estrago que está fazendo! Você está fazendo uma rachadura nos alicerces da sua casa. Saiba que você não é infiel somente à sua esposa, mas a toda sua família e também aos seus filhos, e a sua casa poderá cair na cabeça de vocês a qualquer hora. 

Hoje, Deus está lhe dizendo para viver na fidelidade, para ser fiel à sua esposa, aos seus filhos, à sua família; por tudo isso, ser fiel a Deus para ser o melhor pai do mundo.

Está na hora de retomar, assumir novamente as rédeas da sua casa. Quanto filho se perdendo por aí, porque o pai é um "banana", pensa em mil coisas. O pai está no jornal, o pai está na TV, andando com os amigos, está no botequim, mas não tem as rédeas da casa, da família, nas mãos. Deus o constituiu cabeça do lar, não deixe tudo para sua esposa. Graças a Deus que elas têm aguentado tudo sozinhas, pois o papel delas é ser o coração, não a cabeça. A cabeça é você, você precisa assumir o seu lugar de cabeça do lar.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova