segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Testemunho de uma devota de Santa Terezinha


‘Eu sou irmã’
Depois de ter deixado a Igreja e a prática religiosa durante vários anos, vivi situações pessoais difíceis; até que, um dia, fui em peregrinação à Medjugorge. Lá, redescobri a eficácia da oração (um diálogo com Deus), a necessidade de recorrer aos sacramentos da reconciliação e da Eucaristia, além da ajuda preciosa e da intercessão dos santos.
Quando abrimos os olhos do coração, este olhar interior nos faz contemplar os sinais de Deus em nossas vidas pela intercessão de pessoas que encontramos e dos santos que cruzam nosso caminho para nos sustentar. Hoje, eu só posso testemunhar a proteção de Maria, a presença discreta e fiel de Santa Teresinha e de outros bem-aventurados como Marthe Robin.
Percebo que Santa Teresinha me acompanha desde o meu batismo, o qual, inclusive, aconteceu numa igreja dedicada a ela.
Um dia, encontrei uma frase escrita, sobre uma foto dela, que reflete bem nossa relação. Esta frase diz muito para uma filha única como eu; além disso, unida aos sinais que foram aparecendo, fez com que eu a acolhesse com uma grande alegria. Ela dizia: ‘eu sou sua irma’. Eu fiquei sabendo, há pouco tempo, que minha mãe tinha me confiado a ela sem me dizer.
Eu preciso confessar que, no início, eu não gostava de jeito nenhum dela. Eu a via muito bobinha e, cada vez que eu encontrava uma imagem dessa jovem francesa do fim do século XIX, eu me lembrava da primeira vez que sua imagem tinha me chamado a atenção. Foi na casa de um rapaz que eu amava muito. E eu tive raiva dela, porque, quando o nosso namoro acabou, sem entender, eu logo disse a mim mesma que não servia para nada esta devoção, já que ela não ajudou para que nossa relação desse certo!
Com o tempo, porém, eu entendi que ela me protegeu, pois nós não éramos, realmente, feitos um para o outro.
Carmelita e padroeira das missões, eu a encontro em muitos lugares por onde passo. Hoje, ela caminha também conosco por meio de suas relíquias, as quais nos motivam a rezar com ainda mais confiança. Nós somos humanos e é agradável podermos nos aproximar de elementos que pertenceram àqueles que buscam o nosso bem.
Assim como era seu desejo, ela passa seu céu fazendo o bem na terra. Ela vela sobre os que vem a ela, especialmente numa capela de Paris, na qual suas relíquias são veneradas. Mas também em Lisieux, onde ela viveu e onde podemos ir em peregrinação.
Além de poeta, esta mística e doutora da Igreja é um modelo de uma amiga que nos exercita na escola das virtudes, especialmente à humildade.
Numa exclamação: ‘Quero ver Deus’, ela toma a minha mão para me fazer avançar num caminho interior de contemplação, cujo reflexo é a ação.
Na sua sede de Deus, ela conduz a oração em direção à estrada da santidade como ela mesma o fez, com o venerável padre Marie Eugène, o qual está para ser canonizado. Esta apaixonada pelo Senhor nos sustenta nas provações e nas noites da fé, quando somente a esperança pode nos iluminar. Fruto do amor e do sacramento do matrimônio dos bem-aventurados Zélie et Louis Martin, seus pais, ela nos convida a meditar sobre nossa própria vocação.
Os santos são nossos amigos e nossa família do céu. Não nos privemos de sua ajuda nem da graça de melhor conhecê-los!
Então, cantemos a bondade infinita de Deus com Santa Teresinha:
‘Se eu tivesse cometido todos os crimes possíveis, teria sempre a mesma confiança; sinto que toda essa multidão de ofensas seria como uma gota d’água jogada em uma fornalha ardente’.
Aurore
Paris, 25 de setembro de 2012

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