Estamos nos aproximando do mês de outubro, em que o povo brasileiro vai às urnas, desta vez, para decidir os próximos quatro anos de sua cidade. Teremos eleições para prefeito e vereador. Para tanto, a Igreja tem nos exortado
a escolher nossos candidatos de modo consciente e correto. Não é função da Igreja apontar um candidato aos seus fiéis,
mas ela deve orientá-los na escolha.
a escolher nossos candidatos de modo consciente e correto. Não é função da Igreja apontar um candidato aos seus fiéis,
mas ela deve orientá-los na escolha.
Participar da política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros. O eleitor tem o dever de ser corresponsável na formação de uma nova civilização, baseada na defesa incondicional da vida, desde a fecundação até a morte natural. Por isso, nós, católicos, não podemos votar em candidatos – nem em partidos! – que não defendam a vida, mesmo que esses candidatos sejam nossos amigos.
A defesa da cultura da vida exige que os valores da bioética não sejam separados dos valores da ética social. Afinal, está na totalidade destes valores a expressão clara de pessoa, comunidade e bem comum, eixo da Doutrina Social
da Igreja. Exemplos disso são as Leis de iniciativa popular n. 9.840/1999, contra a corrupção eleitoral e a compra e venda de votos, e a Lei n. 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa.
da Igreja. Exemplos disso são as Leis de iniciativa popular n. 9.840/1999, contra a corrupção eleitoral e a compra e venda de votos, e a Lei n. 135/2010, conhecida como Lei da Ficha Limpa.
Os futuros eleitos de nossas cidades serão nossos delegados no poder, portanto, o cristão tem dupla responsabilidade nesta empreitada. Responsabilidade do bom uso da “razão” e da “fé”, das quais não pode negligenciar: “Ao negligenciar os seus deveres temporais, o cristão egligencia os seus deveres com relação ao o próximo e ao próprio Deus e coloca em perigo a sua salvação eterna” (Gaudium et spes,n. 43).
“Recomenda-se particular cuidado quanto aos partidos que incluem em suas listas líderes católicos, com a única função de somar votos para a sigla. Os votos dados a tais candidatos contribuem para a eleição de políticos nem sempre merecedores de apoio” (CNBB, Doc. 67, n°58). “É oportuno exercer a vigilância com relação aos partidos que continuam indicando como seus candidatos pessoas comprovadamente inescrupulosas. Os eleitores devem ser orientados a não apoiar tais candidatos, e até recusar qualquer candidato de um partido que acoberte tais pessoas” (CNBB, Doc. 67, n°57).
A escolha do candidato deve ser feita a partir do seu projeto político, do seu respeito ao pluralismo cultural e religioso, do seu comportamento ético e de suas qualidades (como honesti-dade, competência, liderança, transparência, vontade de servir ao bem comum), bem como do seu compromisso com a justiça. Não deixe sua escolha para a última hora. Investigue os candidatos. Saber votar é saber escolher um bom candidato e um bom partido ou coligação. Preste muita atenção nas coligações. Estude com critério as possibilidades e vote com consciência. As eleições de outubro serão uma excelente oportunidade para garantirmos vida com dignidade para todos. Ainda há tempo. Vamos nos preparar bem para esse momento! Vamos dizer “não” aos corruptos! Vamos mudar essa história!
Kátia Maria Bouez Azzi
Consagrada Comunidade Católica Pantokrator
Bacharel em Teologia
Consagrada Comunidade Católica Pantokrator
Bacharel em Teologia
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