quarta-feira, 18 de abril de 2012

Maria, exemplo de fidelidade e obediência a Deus

O beato João Paulo II, no ano de 1997, reflete sobre a figura da Virgem Santíssima em três catequeses: “Maria, singular cooperadora da Redenção”, “Mulher, eis aí o teu Filho” e “Eis aí a tua Mãe!”.

A Virgem Maria, que é a primeira redimida por Cristo na sua Imaculada Conceição, torna-se capaz de uma singular contribuição na obra da salvação. 


As catequeses: “Mulher, eis aí o teu Filho” e “Eis aí a tua Mãe!” são iniciadas com os versículos nos quais Jesus se dirige a Maria e ao discípulo amado: “Ao ver Sua Mãe e junto dela o discípulo que Ele amava, Jesus disse à Sua Mãe: 'Mulher, eis aí o teu Filho'. Depois disse ao discípulo: 'Eis aí tua Mãe” (Jo 19, 26-27). Essas palavras revelam profundos sentimentos de Cristo e são de grande riqueza de significados para a fé e a espiritualidade cristãs.

Segundo o saudoso Santo Padre, a intenção primeira de Jesus não era de confiar sua Mãe a João, mas de entregar o discípulo a Maria, atribuindo a ela uma nova missão. O fato de o Senhor chamar Maria de “Mulher”, termo usado por Ele também nas “Bodas de Caná” (cf. Jo 2, 1-11), é para destacar uma nova dimensão do seu ser Mãe, colocando-a num plano mais elevado. Em Maria, a figura da mulher é reabilitada e a maternidade assume a tarefa de difundir entre os homens a vida nova em Cristo.

Além do assentimento de Nossa Senhora ao sacrifício do Filho, no Calvário se revela o desígnio divino de estender à humanidade inteira a maternidade da Mãe de Jesus. Dessa forma, a Virgem Santíssima é constituída Mãe de todos os cristãos.

O Papa afirma que as palavras “Eis aí a tua Mãe!” mostram a intenção de Jesus de despertar nos discípulos uma atitude de amor e confiança para com Maria, assumindo-a como Mãe. Pois, na escola de Maria os discípulos aprendem a ter uma íntima e perseverante relação de amor com Jesus.

Dessa forma, descobrimos também a alegria de nos confiarmos ao amor materno da Mãe, vivendo como filhos afetuosos e dóceis. Maria é um caminho que leva a Cristo, por isso, a devoção a ela não nos tira a intimidade com Ele, mas sim a leva a altos graus de perfeição.

Portanto, Maria é a Mãe amorosa de Cristo, que nos foi dada por Ele no ápice de sua doação pela humanidade. Jesus nos entregou tudo. Depois de nos revelar o amor do Pai, pelo Espírito Santo, ofereceu a vida em sacrifício por cada um de nós. Na cruz, não obstante a generosa entrega de si mesmo, Cristo entregou-nos também a própria Mãe.

Em resposta à vontade de Nosso Senhor Jesus na cruz, cada um de nós é chamado a entregar-se com confiança ao amor materno de Nossa Senhora. Como o discípulo amado, somos chamados a acolhê-la em nossa casa, em nossa vida, reconhecendo o seu papel de cooperadora da redenção.

Natalino Ueda
Missionário da Comunidade Canção Nova

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