terça-feira, 10 de abril de 2012

OS PUROS VERÃO DEUS

Conteúdo enviado pelo internauta Rodrigo Stankevicz
“Como um jovem manterá pura a sua vida?” (Salmo 118, 9). A pureza é uma virtude muito cara, sobretudo aos jovens, pois eles estão na flor da idade, potencialmente férteis e cheios de energia. Não obstante, o mundo se encontra brutalmente sexualizado, não há espaço para a pureza, o que há é um sistema de contravalores destacado nos meios de comunicação em geral.
O salmista faz uma pergunta inquietante para os jovens modernos. Como se livrar da impureza impregnada na TV, no rádio e na internet? Como escapar das situações de fornicação (sexo antes do casamento), dos sites pornográficos, dos olhares insaciáveis? O jovem cristão padece quando busca viver a castidade integralmente, quando se decide por uma vida de pureza constante. Muitos deles se perguntam como viver a pureza, outros até duvidam que isso seja possível num mundo mergulhado na prostituição socializada. A pureza é uma virtude que nos eleva à condição angelical, mas só pode ser conquistada com oração e disciplina.
Percebemos, pelas Palavras do Senhor, que a porta de entrada de toda impureza são os olhos, pois “o olho é a luz do corpo. Se teu olho é são todo o seu corpo será iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará em trevas” (Mateus 6,22-23). Com as imagens que captamos pelo olhar, a imaginação se aguça e nos leva a ter pensamentos libidinosos, comburente para pecados mais graves. Deste modo, perguntamo-nos: “Como cultivar a castidade no olhar?”. A receita prática é a adoração; assim, os mesmos olhos que pecaram, agora acham a redenção diante do sacrário.
Nada melhor do que alimentar nosso olhar adorando Jesus Sacramentado, fonte de toda graça e pureza. “Aos puros de coração está prometido ver Deus face a face e ser semelhante a Ele. A pureza de coração é a condição prévia da visão” (cf. Catecismo da Igreja Católica).
São Josemaria Escrivá nos conta que até os santos lutaram ferozmente para defender a sua pureza. São Francisco revolveu-se na neve, São Bento jogou-se num silvado, São Bernardo mergulhou num tanque gelado. E você, o que fez? Quando o corpo queima de paixão, é hora de correr. O próprio pai da Opus Dei nos dá a dica: “Não tenhas a covardia de ser “valente”; foge!”.
“A pureza é uma virtude que nos eleva à condição angelical, mas só pode ser conquistada com oração e disciplina”
Nem toda fuga de um combate é covardia. Você pode ter abandonado a batalha, mas a guerra continua. Enquanto você não for amigo fiel da constância, será difícil resistir. Se até os santos de porte elevado na conquista da santidade se esquivaram, quem somos nós para querer enfrentar a tentação? Não à toa, Nosso Senhor disse: “os filhos das trevas são mais astutos que os filhos da luz” (Lucas 16,8).
A pureza não é labuta de apenas alguns meses, ela pode durar anos ou até mesmo uma vida. O mais importante é saber levantar -se de cada queda. Um dia você aprenderá a subir, como disse a doutora da Igreja Santa Teresa de Jesus: “caindo e levantando, aprendi a subir.”
Não há motivação maior em lutar para ser puro do que saber que veremos Nosso Senhor face a face. Não há lágrimas nem noites mal dormidas que nos separem desta tão bela promessa. Ele é cumpridor de Suas promessas, pois “Deus é fiel” (Coríntios 10,13). Façamos nossa parte junto às Sagradas Escrituras, porque Deus sempre fará a d’Ele.
Amém.

NAMORO: O QUE É, COMO ACONTECE, ONDE VAI DAR

NAMORO / REPORTAGENS

Paixão, amor, desejo, sexo, ficar, compromisso, casar ou comprar uma bicicleta... Que confusão! Com tantos termos e conceitos que a sociedade moderna impõe ao tempo do namoro fica a pergunta: Será que não estamos travados?
Desde o tempo das cavernas a forma de relacionamento entre o homem
e a mulher passou por várias mudanças ao longo da história.
Sobretudo com as grandes transformações da sociedade do século XX
e XXI estas mudanças continuaram a acontecer, mas junto com elas
também vieram as perdas de alguns valores fundamentais para um
relacionamento sadio.
A história deu várias voltas e chegamos aos dias de hoje com o namoro
estilo “test drive”, no qual é preciso a experiência antes de um
compromisso sério. Com a desculpa de que estamos vivendo numa
nova geração com novas formas de relacionamento a pessoa é de todos,
ao mesmo tempo em que não é de ninguém, e nesta confusão perguntamos:
Afinal, o que é o tempo do namoro?
“Namoro deve ser olhado sob a ótica da vocação, ou seja, é um 
tempo de preparação para se assumir uma vocação específica 
que é o matrimônio”, afirma padre Paulo Ricardo.

Para o casal de namorados Ralphy e Tamires, 
integrantes da Companhia de Artes CN, o namoro
 é um tempo sério de conhecimento. 
“Quando o Ralphy me procurou ele me disse: 
‘Tamy, eu não quero ficar com você para depois 
namorar, vamos fazer um caminho de conhecimento,
 aprofundar na amizade, antes de namorarmos’”, 
declarou a jovem que namora Ralphy há 5 anos.
“Eu acho que as pessoas confundem muito a
paixão com o amor. Existe, sim, a paixão, aquela coisa gostosa de estar ao
lado da pessoa, de querer vê-la, de pensar o tempo todo nela, etc.
Mas quando você começa a conviver, a ver os defeitos, as falhas, a
conhecer a pessoa como ela é realmente, é aí que entra o amor”,
afirma Ralphy.
Sim, o que Ralphy declarou acima é algo que a galera confunde muito:
a paixão (desejo) com o amor. Quem nunca ouviu aquela famosa frase: 
“Se você me ama me dê uma prova de amor”? Nem precisamos 
adivinhar a intenção dessa “prova de amor”, não é verdade?
Chegamos então a um assunto que é meio tabu entre os jovens,
inclusive os de dentro da Igreja: o sexo no namoro.
“O sexo diz para a outra pessoa: ‘Eu me entrego inteiro para você’.
Se o sexo diz isso, que sentido tem eu dizer ‘eu me entrego inteiro para você’
e depois me levantar e ir para a minha casa?”, indaga padre Paulo Ricardo.
Para o sacerdote, o sexo no namoro é uma mentira porque divide
o corpo e a alma. “O sexo no namoro, em vez de solidificar a relação,
a abala, porque fica sempre a dúvida: ‘Será que esta pessoa me ama
ou está usando o meu corpo?’”
Padre Paulo Ricardo está correto segundo a Associação Americana 
de Psicologia, que realizou uma pesquisa com mais de dois mil casais 
nos Estados Unidos da América. O estudo constatou que os casais que 
tiveram relação sexual somente depois do casamento obtiveram 
nota 22% mais alta na estabilidade conjugal, 15% mais alta na qualidade 
do diálogo entre os cônjuges e 20% mais alta na qualidade da vida sexual 
em comparação com casais que não viveram a castidade no namoro.
Ralphy e Tamires vivem a castidade no namoro e testemunham os
aspectos positivos na vida deles. “Eu vejo pelas consequências na vida
dos meus amigos – que não optaram pela castidade no namoro –
que eu fiz a escolha certa”, testemunha o jovem. Para Tamires,
muitos jovens querem viver essa virtude [castidade], mas muitas vezes
não encontram pessoas que lhes digam que isso é possível e bom.
“Tenho um amigo na faculdade que ficou abismado por eu não
fazer sexo no namoro, e quando eu disse a ele que era possível ele disse:
‘Nossa! Bem que eu poderia propor isso para minha namorada’.
Então a sua vida acaba sendo um testemunho”, afirma a jovem.
Clarissa entrevista pe. Paulo Ricardo
“As verdades que a Igreja prega a pessoa pode enxergar dentro de si. Depois que você passou à noite ficando, ficando, ficando; você constata que existe um vazio no interior. Então se o jovem for sincero com ele mesmo ele vai perceber que, no final de uma noite em que ele ficou com 2, 3, 5 pessoas, vai encontrar na sua alma a tristeza, a desilusão e o vazio”, salienta padre Paulo, referindo-se ao “ficar” tão comum entre os jovens.
Sim, namoro é um tempo bom, um tempo de curtir um ao outro com respeito e limites. Tudo o que começa certo tende a crescer e dar muitos frutos. “Se você começa certo vai dar certo,
mesmo que tenha alguns tropeços no caminho, mas você alcança
a vitória”, testemunha Tamyres.
Voltamos então à nossa pergunta inicial: o que é o namoro?
Namoro é um tempo de crescimento no amor e no conhecimento
de um homem e de uma mulher que almejam se entregar um para o outro,
de corpo e alma, para o resto de suas vidas. Este amor, provado,
comprovado e abençoado por Deus tem um nome: matrimônio.
E o fruto desse amor amadurecido entre um homem e uma mulher
tem seu nome: família.
Assim é o plano de Deus sobre o qual está a base de uma sociedade sadia.
Confira também:

PAIXÃO X AMOR: QUAL A DIFERENÇA?

NAMORO / REPORTAGENS


Aquele frio na barriga, pensar na pessoa o dia inteiro, 
não ver a hora de encontrar o(a) amado(a). O beijo 
tem sabor especial, abraçar a pessoa é como se o 
tempo parasse… Nossa! Quem namorou sabe o que é isso: Amor!
Aquela vontade de sair com os amigos…
Puxa, como ela(e) fica chata(o) de vez em quando.
Nossa, parece que está com TPM!
Algumas atitudes dela(e) me irritam.
Meu Deus! Parece que ela(e) não vai mudar nunca…
Quem já namorou sabe o que é isso: Amor?
É, a diferença entre amor e paixão vem com o tempo. No início tudo
é uma beleza, todos os sentimentos de paixão florescem – o que é natural.
Mas depois chega a oportunidade de saber se o que sinto pela pessoa
é verdadeiramente o amor, sentimento que se põe em evidência quando
diminui a paixão.
“As pessoas acham que amor é sentimento. A primeira coisa 
chocante no namoro é justamente quando elas descobrem que 
o sentimento evapora”, afirma padre Paulo Ricardo.
Muitos casais vivem momentos de crise no namoro porque aquele
sentimento do início não existe mais, mas é justamente aí que entra
o amor, porque o relacionamento vai amadurecendo.
A nossa sociedade, por intermédio da mídia, foi sendo formada para
associar o amor a algum tipo de prazer, e é justamente neste
ponto que muitos casais decidem terminar o namoro com a desculpa
de que não existe mais amor. No fundo, as pessoas querem viver
de sentimento.
“Você vê aquele jovem casal que acabou se se conhecer na balada. 
Eles estão com os sentimentos à flor da pele, com os hormônios a todo vapor. 
Mas daí você vê aquele casal de velhinhos de 50 anos de casados. 
Eu pergunto: ‘Quem tem mais sentimento?’ Certamente o casal que 
acabou de se conhecer. Mas lhe faço outra pergunta: ‘Quem tem mais amor?’ 
É o casal que está casado há 50 anos. Tanto é verdade que, 
muitos destes casais casados há muito tempo, quando um deles 
morre o outro morre logo em seguida. Por quê? Porque o amor era 
tão forte que um já não conseguia viver sem o outro. Certamente 
com 50 anos de casados, muitos deles já não sentiam a ‘paixão’ 
um pelo o outro, mas existia o mais importante: o amor”,  
declara padre Paulo Ricardo.
Portanto, nós jovens precisamos aprender a ir além dos nossos sentimentos,
amadurecer nos nossos relacionamentos como namorados,
porque muitos casamentos estão se desfazendo não por falta de amor,
mas por excesso de paixão, nos quais as pessoas querem só o prazer pelo prazer.
Você vive ou  já viveu isso? Partilhe conosco.

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