quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Na Quaresma somos chamados à renúncia e à mortificação

Mensagem do missionário Alexandre Oliveira no programa "Sorrindo pra Vida" da TV Canção Nova, desta terça-feira, dia 28 de fevereiro de 2012.


A Palavra meditada hoje está em Lucas 5, 27-32.


"A grande lição que o evangelista Lucas nos mostra é que Levi encara a conversão com uma grande festa", afirma Alexandre
Foto: Wesley Almeida


Nós vemos que o evangelista Lucas, no começo dessa passagem bíblica, diz: “Depois disso, Jesus saiu e viu um publicano, chamado Levi, sentado na coletoria de impostos”, a expressão “depois disso” quer dizer depois do momento em que o Senhor estava ensinando em casa, quando, de repente, do telhado desce um paralítico, acamado, com ajuda de amigos. E Jesus diz a esse homem enfermo que os pecados dele estavam perdoados, e os fariseus O questionam sobre esse fato [de perdoar os pecados].

Diante desse acontecimento, as pessoas ficam extasiadas com aquele milagre que havia acontecido diante de seus olhos e ficam admiradas e cheias de temor a Deus. E depois desse ocorrido, Jesus se coloca a caminho e depara com Levi. Nessa passagem bíblica podemos ver um detalhe sobre o chamado que o Senhor fez a esse homem [Levi], o qual passaria a ser chamado de Mateus.

Quando Mateus é chamado, ele narra a sua conversão dizendo que ele era Levi, o homem que estava sentado na coletoria de impostos. Entretanto, o evangelista Lucas traz um detalhe importante ao ressaltar: “Deixando tudo, levantou-se e seguiu-o”, esse chamado é o chamado ao discipulado.

O pedido que Jesus Nazareno fez a Levi foi tão forte e penetrante que ele deixou tudo: a vida de pecado, a família, o trabalho... E a primeira atitude dele foi preparar um grande banquete na sua casa. Diferentemente do Evangelho de Mateus e Marcos, Lucas faz questão de mostrar que o Senhor não tinha casa e que nesse banquete outros publicanos estavam presentes, porém, não os chama de pecadores. Por essa razão, podemos dizer que Lucas é o evangelista da misericórdia.

Por essa razão, os escribas criticam Jesus e Seus discípulos por estarem na presença de publicanos e pecadores. Então, o Senhor responde que não são as pessoas saudáveis que precisam de médico, mas as doentes, pois Ele não chama à conversão os justos, mas sim os pecadores.

A grande lição que o evangelista Lucas nos mostra é que Levi encara a conversão com uma grande festa, como uma grande vitória. O banquete que ele prepara é a sua resposta para Jesus, ou seja, ele deu um passo na conversão e, para isso, é preciso fazer uma grande festa.

Há quanto tempo você não faz festa pela sua conversão? Estamos na Quaresma, tempo propício para a renúncia e para a mortificação.

O Catecismo da Igreja Católica, no número 2015, nos diz que não há santidade sem renúncia e combate espiritual. Sabemos que esse progresso espiritual envolve a ascese e a mortificação diária. Neste tempo quaresmal somos chamados à renúncia e à mortificação, mas estas práticas não podem ser vistas com tristeza, e sim como uma festa.

Se você conseguiu se livrar do vício do álcool, cigarro ou outros, então, comemore, celebre essa vitória de Deus na sua vida! A conversão é motivo de alegria, pois ela nos traz felicidade e nos faz olhar para Deus e repetir as palavras de São Tomé: “Meu Senhor e meu Deus”.

Jesus hoje lhe diz: “Segue-me”, Ele o chama à conversão, então, faça como Levi, que deixou tudo e para preparar um grande banquete para o Senhor.
Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova

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